UOL Olimpíadas 2008 Notícias

10/06/2008 - 15h49

Irregulares na estréia, novatas ainda preocupam Bassul

Fernanda Brambilla
Em Madri (ESP)
Na saída da vitória arrasadora sobre Fiji que marcou a boa estréia da seleção brasileira no Pré-Olímpico Mundial de basquete, nesta terça-feira em Madri, alguns semblantes, no entanto, não condiziam com os de uma equipe vencedora e com o trabalho cumprido.

Questionada sobre a primeira partida como a substituta no garrafão de Érika - que sofreu uma lesão por estresse na perna quando se apresentou à seleção, Graziane se mostrou insatisfeita. "Se eu fui bem? Você deve estar falando com a pessoa errada", brincou a pivô, sem graça.

"Cometemos alguns erros na defesa, mas amanhã já estaremos mais preparadas e isso não voltará a acontecer", disse a jogadora, em mea-culpa. "Toda estréia tem ansiedade, e eu costumo dizer que contra times mais fracos a ansiedade é ainda maior."

Muito diferente estava outra novata, a ala-pivô Franciele, que não conteve o sorriso para falar dos oito pontos marcados. "Acho que o jogo de hoje foi essencial para a gente trabalhar alguns pontos para amanhã, que será uma partida muito importante", disse a jogadora, de 20 anos. "Sabíamos da nossa superioridade, mas isso não foi um empecilho, soubemos trabalhar."

Na hora da avaliação pessoal, Franciele manteve a animação. "Pode melhorar e precisa melhorar", disse, sorrindo, e reconheceu que acertou boas jogadas combinadas a partir da armadora Natália. "Meu jogo sempre foi de velocidade, e isso deu certo com ela (Natália), gosto muito de jogar desse jeito, facilitou bastante."

O técnico Paulo Bassul reconheceu que ainda tem ressalvas quanto à pouca experiência de algumas atletas, mas acredita que isso deva mudar durante o torneio.

"Entendo a Grazi estar chateada com ela mesma, porque ela entrou mal no começo do jogo e perdeu duas cestas embaixo da tabela. Mas eu nem preciso cobrar, ela sabe disso", comentou o treinador, que também elogiou Franciele.

"Ela entrou tensa, nervosa, e se soltou, entrou no jogo, e foi bem", disse Bassul. " Algumas meninas ainda não seguram tanto a barra, mas estão melhorando muito a cada jogo, e apostamos muito nisso, em tornar o grupo cada vez mais homogêneo."

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