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07/06/2008 - 10h30

Bassul lamenta erros e diz que amistoso é alerta para Pré-Olímpico

Fernanda Brambilla
Em Madri (ESP)
Apesar do placar elástico da vitória deste sábado da seleção brasileira sobre Taiwan (88 a 65) em amistoso, o técnico brasileiro Paulo Bassul saiu desapontado com o desempenho da equipe, que considerou "muito inferior" ao apresentado no teste anterior, de quinta-feira, quando a seleção brasileira foi derrotada para a China.

"Não gostei. Acho que o placar ilude, porque a diferença em números foi grande, mas a atuação da equipe foi ruim", afirmou Bassul após a partida, antes de se reunir com as jogadoras. "O jogo de hoje é um alerta para o Pré-Olímpico."

De acordo com o treinador, o Brasil voltou a cometer muitos erros na defesa, e mostrou-se desconcentrado em quadra. "Elas perderam o foco, parecia até que estavam esperando terminar logo a partida", comentou Bassul, que já em pedido de tempo no terceiro quarto deu uma sonora bronca à equipe.

"Contra a China, o time foi infinitamente melhor", continuou Bassul, e contou que teve dificuldade nas trocas. "No último jogo, não deixei ninguém muito tempo direto em quadra, mesmo porque não é a hora de se matar. Mas hoje tive que ficar procurando quem estava mais ligada para deixar em quadra."

Para Bassul, no entanto, o problema não é falta de treino. "Elas estão em um momento bom física, técnica e taticamente. Mas foi um dia ruim. Psicologicamente, elas ficaram desconcentradas e se desligaram do jogo. Tivemos mais erros do que acertos", finalizou.

Uma das mais experientes em quadra, a ala-pivô Jucimara, a Mamá, também se lamentou. "Entramos sonolentas em quadra, e nem podemos culpar o horário, já que treinamos de manhã. A defesa não entrou de jeito nenhum", concordou a jogadora, que preferiu não eleger um momento pior da equipe em quadra.

"Achei que estivemos mal desde o início", concluiu Mamá.

Neste sábado, a seleção deixou Pinto, onde passou os últimos dias de preparação e seguiu de ônibus a Madri, onde disputa a partir de terça-feira o Pré-Olímpico Mundial, que distribuirá as últimas cinco vagas para o torneio olímpico de banquete femenino de Pequim.

O Brasil está no grupo C, ao lado de Fiji, adversária da estréia, além das donas da casa. Os dois primeiros colocados dos quatro grupos (A, B, C, D) avançam à próxima fase, de "mata-mata". No cruzamento, as quatro equipes vencedoras que avançarem às semifinais já se garantem nas Olimpíadas. A quinta e última vaga será decidida nos duelos entre as perdedoras dos jogos das quartas.

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