O Brasil terá mais duas representantes no ciclismo nas Olimpíadas de Pequim. O país garantiu a participação de duas atletas na prova feminina de estrada através do ranking divulgado pela União Ciclística Internacional (UCI) no início desta semana.
Na lista, o Brasil ocupa a 23ª posição, com 197 pontos, e tem assim garantido pelo regulamento olímpico a inclusão de duas ciclistas, assim como Ucrânia, Venezuela, África do Sul, Bélgica, Japão, México e Dinamarca, que ficaram entre a 17ª e a 24ª colocações.
Já as 16 primeiras do ranking (Holanda, Alemanha, Itália, EUA, Austrália, Suécia, Suíça, Lituânia, Grã-Bretanha, França, Rússia, Áustria, Canadá, Espanha, China e Nova Zelândia) terão três ciclistas na estrada em Pequim.
Cauteloso, o presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo, José Luiz Vasconcellos, prefere aguardar o comunicado oficial da UCI, mas já adiantou quem serão as convocadas para as Olimpíadas. "Estamos esperando o papel, mas pelo ranking o Brasil tem essas vagas. Confirmada esta situação, irão as melhores do ranking individual", definiu.
Com isso, as duas representantes do Brasil serão as irmãs mato-grossenses Janildes e Clemilda Fernandes. A primeira ocupa a 63ª colocação do ranking da UCI, nove postos a frente da irmã mais nova. As duas treinam na Itália, onde competem por uma equipe local.
Na temporada, elas brilharam no Campeonato Brasileiro com Clemilda vencendo a prova realizada em fevereiro, seguida por Janildes. Um mês antes, a irmã mais nova foi terceira na Copa América, enquanto Janildes ganhou duas etapas na Volta de El Salvador, realizada em maio.
Esta será a terceira participação de Janildes em Olimpíadas. Nos Jogos de Atenas-2004, ela terminou em 54º lugar na estrada. Ela também foi a Sydney-2000. Já a sua irmã fará a estréia olímpica. No Pan do Rio, Clemilda conquistou o bronze na prova contra-relógio.
Além da estrada feminino, o Brasil ainda terá dois representantes na versão masculina da prova, que devem ser Luciano Pagliarini e Murilo Fischer, e mais um ciclista no mountain bike feminino e outro no masculino. O país disputará também o contra-relógio, mas o selecionado será um dos participantes da prova de estrada.
Já no BMX, o Brasil não conseguiu vagas pelo ranking mundial, pois ficou em 17º no masculino (apenas os 11 melhores garantiam vagas) e em 11º no feminino (só as seis melhores nações se classificavam). Na pista, o país também não terá representantes.