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18/05/2008 - 18h12

Brasil herda vaga do Canadá e terá atleta da canoagem em Pequim

Do UOL Esporte
Em São Paulo
Na raia, o Brasil lamentou a perda da vaga olímpica por 0s304. Durante cinco horas, o país amargou o fato de não ter representantes pela primeira vez na canoagem após 20 anos, mas um item do regulamento tratou de garantir o lugar de Niválter Santos no C1 500 m.

Após a prata no Pré-Olímpico da América, realizado em Montréal, quando foi superado pelo cubano Aldo Pruna, que levou a única vaga olímpica em disputa com o tempo de 1min52s774, Niválter teve de aguardar a definição da organização para celebrar a vaga.

Segundo a assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Canoagem, o canoísta foi favorecido pelo fato de o Canadá ter garantido atletas no C1 500 m e C1 1.000 m. Pelo regulamento, o país teria de abrir mão da vaga, pois só pode competir em uma das provas de canoa. Assim, o México ficaria com o lugar. Mas os mexicanos também já tinham um barco no C1 1.000 m e os brasileiros acabaram herdando o posto.

Desta forma, Niválter evita que o canoagem nacional fique fora de uma edição olímpica pela primeira vez desde Barcelona-1992. Naquele ano, o Brasil contou com Sebástian Cuattrín, Álvaro Koslowski, Jefferson Bispo Lacerda, Marlon Almiron, Gustavo Selbach e Leonardo Selbach.

Cuattrín ainda competiu em Atlanta-1996, Sydney-2000 e Atenas-2004. Para Pequim, o experiente canoísta tentou a vaga no K2 1.000 m e no K4 1.000 m, mas não teve êxito.

Gustavo e Leonardo Selbach também disputaram em Atlanta-1996. Além deles, outros quatro brasileiros já disputaram as Olimpíadas: Cássio Petry (2000), Roger Caumo (2000), Carlos Augusto Campos (2000) e Sebastian Szubski (2004).

A classificação foi muito festejada pelo técnico de Niválter, Pedro Sena, que está em Montréal ao lado do atleta. "As pessoas precisam sonhar e este resultado que conseguimos é prova disto", afirmou.

Nas outras finais que valiam vaga olímpica neste domingo, o máximo que o país conseguiu foi o quarto lugar de Edson Isaías da Silva e Givago Ribeiro no K2 500 m, com 1min35s347. A vitória e a vaga olímpica ficou com a Venezuela.

Isaías ainda disputou a final do K1 500 m, mas terminou na quinta posição, a cinco segundos do norte-americano Morgan House, vencedor da prova. Como os EUA já tinham garantido a embarcação em Pequim, as vagas em disputa foram para o argentino Miguel Correa e o mexicano Manuel Cortina, que completaram o pódio do Pré-Olímpico.

No C2 500 m, Wladmir Moreno e Vilson Nascimento acabaram em quinto lugar na final, que teve a vitória do Canadá. Já no feminino, a brasileira Naiane Fragoso foi sétima no K1 500 m, mesma posição de Daniela Alvarez e Ariela Pinto no K2 500 m. Apenas as campeãs obtinham o lugar em Pequim.

No sábado, o Brasil já havia perdido a chance de ir às Olimpíadas em outras seis provas.

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