Se a lista final para a chave de simples dos Jogos Olímpicos fosse feita nesta segunda-feira, dia 12 de maio, o brasileiro Marcos Daniel ocuparia a última vaga direta.
Segundo levantamento do
UOL Esporte, o tenista gaúcho, que aparece na 74ª posição do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), seria o último dos 56 classificados diretamente para a chave de Pequim (o regulamento permite apenas quatro por país). Outros oito, que completarão os 64, irão por convites.
A definição final dos garantidos será anunciada pelo ranking divulgado no dia 9 de junho, após o Aberto da França. Daniel, que ocupa a melhor colocação da carreira, está na chave principal de Roland Garros.
Aos 29 anos, ele encara uma evolução inédita no circuito. Depois de bons resultados no final de 2007 em challengers na América do Sul, teve boa presença no Torneio de Houston (quartas-de-final) e garantiu o título no challenger de Bogotá em 2008.
A volta de um brasileiro ao top 100 do mundo foi mérito de Daniel também, que vê seu parceiro de equipe brasileira de Copa Davis, Thomaz Bellucci, avançar no ranking no último mês e também chegar perto da vaga olímpica.
Para o tenista paulista, de 20 anos, foram três títulos em challengers na seqüência: Florianópolis, Tunis (TUN), Rabat (MAR). Com isso, ele alcança nesta semana o ranking de 81 do mundo.
O Brasil pode ter até quatro tenistas na chave de simples. Nas duplas, o regulamento permite duas parcerias. Se os dois se classificarem, poderão formar uma dupla brasileira nas quadras chinesas.
André Sá e Marcelo Melo, semifinalistas de Wimbledon em 2007 e até o começo do ano os grandes favoritos a uma vaga brasileira, estão com a vida complicada e dependem de bons resultados nas próximas semanas para chegarem perto da classificação.