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09/05/2008 - 10h39

Com clubes, revezamentos femininos tentam suprir ausência de Rebeca

Fernanda Brambilla
No Rio de Janeiro

Com a perda das marcas obtidas pelos quartetos femininos do Brasil nos 4 x 100 m livre e medley devido à suspeita de doping de Rebeca Gusmão, as nadadoras caem na piscina nesta sexta-feira à tarde para uma tomada de tempos para tentar uma vaga nas Olimpiadas.

Suspensa desde novembro passado em caso de suspeita de doping, Rebeca Gusmão aguarda veredicto de suas audiências frente à Fina e ao CAS (Corte Arbitral do Esporte), que está previsto para o próximo dia 15. Como Rebeca tem índice olímpico nos 50 m livre, prova em que nenhuma outra atleta obteve tempo A além de Flávia Delaroli (são duas vagas por prova), se absolvida a brasiliense pode competir em Pequim.

Mas a CBDA prefere não fazer conjecturas. "Cabeça de juiz a gente nunca sabe o que vai dar. É um caso muito complexo, e por isso nem temos a resposta ainda. Vamos aguardar", diz Ricardo de Moura.

REBECA AGUARDA VEREDICTO

O primeiro a ser testado será o 4 x 100 m medley, formado por Fabíola Molina no nado costas, Tatiane Sakemi no peito, Gabriella Silva no borboleta e Tatiana Lemos no livre, e é o que tem tarefa mais difícil. A maior expectativa é para o livre.

Para ir a Pequim, os quartetos do Brasil precisam ficar em até 16º no ranking mundial. Até agora, estão garantidas as 12 melhores equipes do Mundial de Melbourne, na Austrália. As quatro vagas restantes serão ocupadas pelos 4 melhores tempos, em uma 'repescagem mundial'.

"A tarefa é muito difícil, mas estamos confiando bastante, principalmente no 4 x 100 m livre. Além de fazer um tempo bom, as meninas ainda têm que torcer para que, até 30 de junho, data limite estipulada pela Fina (Federação Internacional de Natação), nenhum tempo apareça nos campeonatos nacionais por aí", explicou o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura, que ameniza. "E mesmo com o tempo do Pan, nada era certo, não era vaga garantida."

Nos Jogos Pan-Americanos, o Brasil foi ao pódio nos três revezamentos. A equipe do 4 x 100 m livre cravou 3min42s96 com Tatiana Barbosa, Flavia Delaroli, Monique Ferreira e Rebeca Gusmão, e obteve a medalha de prata. No 4 x 100 m medley (com 4min09s27) e no 4 x 200 m livre (8min13s15), o país ficou com o bronze.

Para conseguir a vaga olímpica, as atletas da seleção entrarão na final B do revezamento para a tomada de índice. "Vamos aproveitar, também, para ver os tempos dos demais clubes. A única exigência é que não haja nenhuma estrangeira competindo", diz o dirigente. Se alguma outra equipe nacional fizer tempo abaixo da seleção, também poderá ser utilizado.

No sábado, é a vez do 4x100 m livre e, no domingo, nada o 4 x 200 m, que obteve classificação à final olímpica em Atenas-2004, e ficou em sétimo lugar.

Os revezamentos, que na Grécia foram os responsáveis por 'engrossar o caldo' da delegação brasileira, que levou oito mulheres, pode mis uma vez classificar nadadoras que ainda não confirmaram o índice nas provas individuais.