Thiago Pereira venceu nesta quinta-feira os 400 m medley do Troféu Maria Lenk, última seletiva olímpica da natação brasileira, no Rio de Janeiro. Com a calça do maiô 'polêmico' LZR Laser, da Speedo, o nadador fez o terceiro melhor tempo de sua carreira, 4min13s04.
Pereira, que já tem índice olímpico na prova (4min18s40), saiu satisfeito com a 'ajudinha' da peça. "Senti uma boa diferença com a calça. Gostei", disse o nadador na saída da piscina. Thiago teve na arquibancada a presença de sua mãe, que mora no Rio, e veio prestigiar o filho. No sábado, Pereira deve voltar a usar a calça nas eliminatórias dos 200 m medley. "Hoje coloquei a calça mais pra cima, na cintura, pra não entrar água", contou Pereira, que reclamou da peça no Sul-Americano, em março, no Pinheiros.
No nado em que é especialista, a supremacia de Pereira se manteve. Em segundo lugar, Henrique Rodrigues anotou 4min30s03, seguido de Ricardo Kojima, que fez 4min31s32.
A ausência da prova foi Diogo Yabe, que fez o melhor tempo das eliminatórias, mas não disputou a final. Doente, o nadador permaneceu no hotel. Na quarta-feira, com febre alta e náuseas, Yabe chegou a ser levado a um hospital.
Fabíola Molina, esposa do nadador, que venceu a prova não-olímpica dos 50 m costas, assegurou que o risco de dengue está descartado. "Quando viemos de São José dos Campos, a gente já estava mal. Ontem, o Diogo estava mal, foi medicado, e conseguiu nadar, mas depois piorou muito. Hoje, teve que ficar descansando", disse a nadadora, que contraiu a doença em 2001, quando morava no Rio. "A suspeita é de virose."
Yabe ainda tentará índice olímpico nos 200 m medley, que terá eliminatórias no sábado.
Na versão feminina, Joanna Maranhão dominou a prova e venceu com 4min52s55, mesmo com tempo bem acima do cravado nas eliminatórias que a assegurou em Pequim, 4min44s66. Em segundo lugar, Lívia Carvalho fez 4min59s96, seguida de Debora Cruz, com o tempo de 5min02s71.