Cinco jogadores da seleção cubana sub-23 de futebol desertaram na última terça-feira após uma partida que terminou empatada por 1 a 1 contra os Estados Unidos, em Tampa (Flórida). O jogo foi válido pelo Torneio Pré-Olímpico da Concacaf (Confederação das Américas do Norte, Central e Caribe).
O goleiro José Manuel Miranda, os defensores Erlys García, Yenier Bermúdez (capitão do time) e Loanni Cartaya e o meia Yordany Alvarez são os jogadores que deixaram a concentração cubana.
A Concacaf ainda não se pronunciou oficialmente, mas já teria estudado a possibilidade de tirar o país da competição devido à falta de um plantel completo.
Os cinco jogadores já são esperados pelo Miami FC, ex-time de Romário, para se apresentaram neste fim de semana, segundo o porta-voz do clube Marcos Ommati. Ele afirmou que não conversou com os atletas e nem sabe onde eles estão. Porém, foi informado que o clube iria recebê-los.
O porta-voz da Alfândega e Proteção da Fronteira Zachary Mann afirmou que a agência dificilmente descobrirá o paradeiro dos jogadores. Eles devem ganhar asilo político no país norte-americano.
A polícia da cidade de Tampa confirma não ter recebido nenhuma queixa de pessoas desaparecidas da seleção cubana e não iniciou investigação para descobrir a localização dos cinco jogadores.
O presidente da Associação de Futebol de Cuba, Luís Hernandez, não comentou o desaparecimento dos atletas e disse que sua atenção está voltada para a partida desta quinta-feira, contra Honduras. "Teremos um jogo muito importante e estamos nos concentrando nisso", afirmou.
Raúl González, técnico da seleção cubana, adota o mesmo discurso do dirigente e tenta focar o time para o jogo de quinta. "Até agora não me informaram nada. Tudo segue igual. Jogamos amanhã [quinta-feira] contra Honduras e vamos cumprir com tudo que foi programado nos treinamentos. Não pensamos em nos retirar", alertou.