Sem contrato desde o dia 15 de janeiro, o técnico Ricardo Navajas terá que esperar mais alguns dias para selar a continuação do compromisso com a seleção da Venezuela. A renovação, que depende principalmente das bases salariais, deve ser confirmada no início da próxima semana.
Um dos principais responsáveis pela inédita classificação da Venezuela para a disputa masculina do vôlei nos Jogos Olímpicos, Navajas deve assinar contrato de apenas seis meses. Após a disputa em Pequim, entra em nova fase de negociação.
"Estamos entre 80 a 90% de chance [de renovação]. Porque semana que vem tem reunião entre o ministério e comissão olímpica para definir a situação", afirmou o procurador de Navajas, Rogério Teruo.
Responsável pela negociação, Teruo negou que o técnico brasileiro tenha pedido um salário de US$ 10 mil. O valor pretendido pelo treinador é US$ 5 mil, valor um pouco superior ao recebido no contrato passado, segundo o procurador.
"O objetivo não é ganhar dinheiro. Mas sim dar continuidade ao projeto olímpico. Não tem nenhum treinador que vai disputar a Liga Mundial que ganhe menos do que isso. É um salário de um roupeiro que vai para a Olimpíada", disse Teruo.
O atraso no processo de renovação é justificado pela mudança no ministério que cuida dos esportes na Venezuela, agora comandado por Victoria Mata, que deve analisar a nova proposta de Navajas até a terça-feira.
Contratado na metade do ano passado com o objetivo de classificar o time pela primeira vez para a disputa dos Jogos Olímpicos, Navajas esteve à frente da equipe por oito meses. A seleção do país obteve a vaga ao vencer o Pré-Olímpico da América do Sul, com a vitória sobre a Argentina, em janeiro.
Antes da Olimpíada, a Venezuela vai disputar a Liga Mundial, que acontecerá entre os dias 13 de junho e 27 de julho. A equipe está no grupo A, ao lado de Brasil, França e Sérvia.