Com várias alterações em relação ao time que conquistou a medalha de prata nos Jogos-Pan-Americanos de 2007, a seleção brasileira masculina de pólo aquático inicia, no domingo, a disputa do Pré-Olímpico mundial da modalidade, em Oradea (Romênia). Entre os atletas que deixaram o time nacional estão o experiente goleiro Pará e o ex-capitão Daniel Mameri.

A renovação acontece porque a modalidade vive um ciclo baseado no Pan, que é considerada a competição mais importante e a grande meta da preparação. A vaga olímpica é vista como um sonho.

Substituto de Pará, Luís Capelache admite que a delegação viaja para a Romênia com a cabeça no Campeonato Sul-Americano, que começa no dia 12 de março, três dias após o fim do Pré-Olímpico "É a nossa realidade", conforma-se o goleiro do Pinheiros.

Um dos atletas mais experientes da delegação que vai tentar obter a classificação, o atacante Erik Seegerer vê a renovação como algo natural. "Com certeza é um processo de transição que não terá grandes efeitos em longo prazo, mas que precisa ser feito", disse.

Como os jogadores da seleção são amadores, os treinos para o Pré-Olímpico foram programados para o período da noite e para os finais de semana de modo a não atrapalhar a vida profissional deles. Mesmo assim, o time comandado pelo cubano Bárbaro Diaz teve poucas atividades desde que foi convocado, em janeiro, por causa da dificuldade de reunir os atletas, que atuam em times paulistas ou cariocas.

Disputa por quatro vagas

O Pré-Olímpico de Oradea vai ser disputado por 12 seleções, que foram divididas em dois grupos de seis na primeira fase. O Brasil está na chave A, juntamente com a anfitriã Romênia, além de Rússia, Grécia, Cazaquistão e Eslováquia. Na B, figuram Alemanha, Itália, Irã, México, Canadá e Macedônia.

Na primeira fase, as equipes se enfrentam dentro do grupo. O primeiro colocado de cada chave já se garante em Pequim. O segundo colocado de um lado enfrenta o terceiro de outro para definir as duas últimas vagas.

Apesar do sonho de ir para a Olimpíada, Luis Capelache não titubeia em apontar os favoritos obterem a classificação. "Rússia e Itália vão estar (em Pequim) com certeza. Acho que Grécia, Romênia e Cazaquistão são os principais candidatos para disputar as outras duas vagas", analisa.

A seleção brasileira, que já disputou os Jogos Olímpicos em seis ocasiões, mas que não participa do evento desde Los Angeles-1984, estréia no torneio da Romênia jogando contra a Grécia, no domingo.

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