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Rio-2016 recorre a leilões para se desfazer de acervo antes de dissolução

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Rio-2016 faz leilão com materiais utilizados nos Jogos Olímpicos imagem: Reprodução

Guilherme Costa

Do UOL, em São Paulo

A despeito de os Jogos Olímpicos terem sido realizados em agosto, o comitê organizador da Rio-2016 seguirá funcionando até julho de 2017. Esse período pós-evento será dedicado a questões como prestação de contas e repasse do acervo do megaevento. Em contagem regressiva para a dissolução, os responsáveis pela competição recorreram a leilões para tentar acelerar esse processo.

A Rio-2016 divide seu acervo em três categorias. Há produtos que não podem ser vendidos, itens que serão doados e outros que podem ser comercializados. O acervo formado pelos objetos da última seara foi repartido entre três empresas de leilões.

Uma das companhias é a Pursuit 3, empresa canadense que já havia sido responsável pela área nos Jogos de Londres-2012. Eles fazem leilão apenas de produtos identificados com as Olimpíadas, como bolas e bandeiras de competições ou a tocha usada por Vanderlei Cordeiro de Lima para acender a pira colocada no Maracanã.

O comitê organizador também fechou com a Sold, especializada em leilões, que vende lotes de produtos não identificados com os Jogos. “No nosso caso, são itens novos ou de pouco uso. Recentemente eu fui lá e havia papel sulfite em caixa não usada. São produtos de uso comum, e a ideia é atender dois grupos: revendedores ou usuários finais, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas. Uma pousada ou um hotel, por exemplo”, contou Henri Zylberstajn, diretor da empresa.

O primeiro leilão realizado pela Sold abarcou produtos de cama, mesa e banho. A venda amealhou R$ 112 mil e foi considerada um teste. “Minha expectativa era até menor. A gente queria ver como as coisas iam funcionar e preferiu começar com algo pequeno”, disse Zylberstajn.

Depois disso, a empresa iniciou um leilão de lavadoras e televisores. A próxima venda é de celulares e aparelhos de ar condicionado, e não existe uma estimativa de quantas sessões serão abertas até o fim do acervo.

“Não temos o número de leilões ainda. Imagino que nem o comitê saiba. Eles têm um inventário que precisam vender em determinado tempo, mas não sei dizer se vamos fazer um ou 200 leilões. Até porque eu posso fazer um que não vá tão bem e depois fazer mais dois ou três”, completou o diretor.

Na próxima semana, a Rio-2016 vai abrir mais uma categoria de leilão. O comitê organizador fechou com a Superbid, especializada em itens industriais. O primeiro lote disponibilizado ao público terá itens do IBC (international broadcasting center, espaço utilizado por parceiras de transmissão do evento).

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