Olimpíadas 2016

Copacabana reúne gringos em meio a Mulher Melão e pregação de evangélicos

Gustavo Franceschini/UOL
Dançarina Mulher Melão faz entrevista em frente a uma réplica gigante dos aros olímpicos na praia de Copabacana imagem: Gustavo Franceschini/UOL

Gustavo Franceschini

Do UOL, no Rio de Janeiro

Sede do vôlei de praia e um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, Copacabana já está em clima olímpico e dando provas de sua diversidade. Nesta sexta, a dançarina Mulher Melão era uma das atrações do calçadão, fazendo reportagens para um site e sendo assediada pelos fãs. A poucos metros dali quem cativava o público era um grupo de jovens evangélicos, fazendo apresentações de dança e teatro na tentativa de evangelizar os turistas.

A uma semana da abertura dos Jogos, Copacabana já reúne muitos estrangeiros. Atletas suecas à caça de souvenirs da Rio-2016, mexicanos impressionados com as esculturas de areia e americanos voltando da praia são fáceis de se avistar. Os comerciantes perceberam o fluxo e não é raro ouvir a oferta de uma “cerveza” – um anúncio de bobó de camarão foi providencialmente traduzido para “Shrimp bobó”.

E o leque de pessoas tentando capitalizar com os visitantes vai além dos donos de quiosques e ambulantes espalhados por toda a orla. A cerca de 200 m da arena de Copacabana, onde será disputado o torneio de vôlei de praia nos Jogos, Mulher Melão fazia poses com um microfone na mão. A dançarina, que se apresenta como Renata Frisson, estava de shortinho e top, com a barriga de fora, gravando na frente de uma réplica dos aros olímpicos que está em exibição na praia.

Os brasileiros que a reconheciam pediam fotos, abraçavam e beijavam a subcelebridade. Ela aproveitava um ou outro fã para a gravação de sua reportagem e focava sua abordagem nos estrangeiros que passavam sem entender muito bem do que se tratava. Meio sem graça, posavam para fotos, balbuciavam alguma coisa diante da câmera e saíam.

Ao fundo, era possível ouvir uma pregação que falava da “palavra de Jesus” em português, espanhol em inglês. Era um grupo da Igreja Cristã Evangélica, que usando a visibilidade das Olimpíadas para tentar angariar novos fieis. A cada dia as dezenas de jovens se reúnem em um ponto da cidade, sempre fazendo apresentações de dança ou teatro. Nesta sexta, ao menos, conseguiram rivalizar com as atrações vizinhas. 

Veja um trecho da apresentação de dança do grupo evangélico

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