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PMs suspeitos de sequestrar atleta estrangeiro no RJ são presos

Facebook/Jay Lee

Bruno Thadeu

Do UOL, em São Paulo

Dois policiais militares suspeitos de sequestrar o lutador de jiu jitsu Jay Lee foram presos em regime administrativo. O atleta é neozelandês e reside no Rio de Janeiro há mais de um ano. Jay Lee foi alvo de sequestro relâmpago no sábado.

Ele teve seu veículo parado em uma blitz em Duque de Caxias. Os suspeitos teriam ordenado o atleta a efetuar saques em dois caixas eletrônicos.

Os PMs suspeitos prestaram depoimento na noite de segunda-feira, na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro. Caso comprovado o crime, os policiais poderão ser expulsos da Polícia Militar.

“O fato está sendo apurado rigorosamente e sendo comprovado, os dois policiais do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) serão submetidos a processo administrativo disciplinar que julgará a expulsão dos mesmos da Corporação. Os agentes estão presos administrativamente à disposição da Corregedoria Interna da Corporação. A Polícia Militar não tolera desvios de conduta e atos como esse entristecem os quase 50 mil policiais militares honestos que combatem o crime diariamente”, informou a assessoria de comunicação da Polícia Militar.

Morando no Brasil para se aperfeiçoar no jiu jitsu, Jay Lee relatou o drama vivido após ser abordado em uma blitz.

“Então, ontem fui raptado no Brasil. Não por algumas pessoas com armas, mas sim por policiais oficiais em serviço e com uniforme completo. Fui ameaçado de prisão se eu não entrasse no carro e acompanhasse em direção a dois caixas eletrônicos para retirar uma grande soma de dinheiro. Não sei o que é mais deprimente, o fato de isso está acontecendo com estrangeiros tão perto dos Jogos Olímpicos ou o fato de que os brasileiros têm que viver em uma sociedade que permite este caos diariamente. Este lugar é bem e f… em todos os sentidos da palavra”, relatou Jay Lee.

Atleta diz ter receio de atender à Polícia Militar

O lutador informou na segunda-feira que a polícia esteve em sua residência, mas ele não permitiu a entrada. Lee informou que recebeu orientação da embaixada da Nova Zelândia para não sair de casa e não atender chamadas da Polícia Militar, Contato somente com a Polícia Civil, que também investiga o caso.

“Policiais apareceram sem aviso prévio. Eu não permiti o acesso. Eu liguei para a minha embaixada e estou esperando a Polícia Civil”, escreveu Lee nas redes sociais.

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