COB banca limpeza de apartamentos para não sofrer com problemas na Vila
O COB (Comitê Olímpico do Brasil) trabalhou para não ter de lidar com problemas da Vila Olímpica da Rio-2016, que foi inaugurada neste domingo (24). A entidade nacional contratou uma empresa de limpeza para acelerar últimos ajustes nos apartamentos do equipamento situado na zona oeste do Rio de Janeiro.
Os funcionários adicionados pelo COB na obra não fizeram alterações estruturais. O comitê não detectou defeitos de origem, mas entendeu que era necessário um trabalho à parte para garantir o conforto dos atletas.
A ação do COB é especialmente relevante em função das primeiras reações de delegações estrangeiras à Vila Olímpica. Funcionários de pelo menos três países reclamaram do que encontraram no espaço, e o Comitê Olímpico da Austrália se recusou a ficar no local até que ajustes fossem concluídos. A lista de reclamações do país da Oceania inclui sanitários entupidos, vazamento de pias e até objetos que teriam sido furtados do interior dos quartos.
“Eu já estive em outras Vilas, e em todas havia questões a serem ajustadas. Isso é normal, e o importante aqui é que estamos fazendo tudo a tempo para que os atletas tenham um ambiente perfeito antes de os Jogos começarem”, disse Janeth Arcain, 47, ex-jogadora de basquete e prefeita da Vila.
Membros do COB também minimizaram os problemas encontrados na Vila. Disseram que em outras edições de Jogos, por exemplo, o Brasil já precisou comprar cortinas e até rodos de banheiro para se adequar à estrutura oferecida a seus atletas.
“Nunca entrei em uma Vila que tivesse tudo funcionando perfeitamente. É um ajuste natural, que leva tempo e que acontece em obras desse tamanho”, disse Bernard Rajzman, 59, ex-jogador de vôlei e chefe da missão brasileira na Rio-2016.
Ainda não há um cronograma preciso para os ajustes necessários na Vila. Além dos problemas no interior dos apartamentos, há serviços na zona internacional que não estão operando e que tampouco possuem prazo para início de suas atividades.