Olimpíadas 2016

Oscar Pistorius é condenado a 6 anos de prisão pelo assassinato de namorada

Siphiwe Sibeko/AP
Pistorius tira próteses e pede clemência em audiência imagem: Siphiwe Sibeko/AP

Da EFE

O atleta sul-africano Oscar Pistorius foi condenado nesta quarta-feira a seis anos de prisão pelo assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp. 

 O campeão paraolímpico foi condenado pelo assassinato de sua então namorada Reeva Steenkamp, em fevereiro de 2013. Pistorius matou Reeva a tiros, quando ela estava trancada no banheiro da casa do atleta. A defesa não deve recorrer. 

"Não vamos iniciar nenhum trâmite de apelação, Oscar cumprirá a pena que lhe foi imposta", declarou aos meios de comunicação sul-africano um de seus advogados, Andrew Fawcett.

Os parentes da vítima não quiseram comentar a decisão da juíza Thokozile Masipa, que considerou que uma longa pena "não faria justiça" porque o acusado mostrou verdadeiro arrependimento e disposição para reabilitação.

A audiência, que durou quase um mês, determinou a pena de Pistorius, que poderia chegar a 15 anos de prisão, mas a juíza, Thokozile Masipa, determinou uma pena menor.

O Estado e grande parte da população da África do Sul queriam que ele recebesse no mínimo a sentença prescrita de 15 anos para assassinato, dizendo que Pistorius não expressou sinais de remorso.

A juíza Thokozile Masipa divergiu, aceitando os argumentos da defesa por uma punição menor.

"A opinião pública pode ser alta e persistente, mas não pode exercer papel na decisão deste tribunal", disse Masipa. "Sou da ala que acredita que um grande período na prisão não vai criar justiça".

Pistorius e os pais de Reeva Steenkamp estavam no julgamento esperando a decisão do juiz. A Justiça considerou “os interesses da sociedade, da família da vítima e a reabilitação” como fatores para a pena de 6 anos.

Em primeiro momento, em 2014, Pistorius havia sido condenado a 5 anos de prisão, mas o julgamento acabou sendo anulado e a acusação recorreu para que o atleta sofresse uma punição maior. 

No julgamento de quase um mês, o ponto mais marcante foi no dia 15 de junho, quando Pistorius pediu clemência e chegou a andar sem suas próteses pela corte. 

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