Olimpíadas 2016

Pistorius apresenta depressão severa e não pode testemunhar, diz psicólogo

Da EFE

Em Pretória

Oscar Pistorius apresenta uma "depressão severa" que lhe impede de testemunhar na audiência que começa nesta segunda-feira em Pretória e na qual será decidida a pena que deverá cumprir pelo assassinato de sua namorada, declarou perante um tribunal um psicólogo chamado pela defesa.

"Ele apresenta sinais de desordens pós-traumática, de ansiedade e depressão", afirmou o psicólogo Jonathan Scholtz durante o primeiro dia de audiência, que pode se prolongar até sexta-feira.

Lendo o relatório psicológico que elaborou a pedido da defesa, Scholtz explicou que Pistorius toma remédios antidepressivos e sofre de fobia social e paranoia.

Pistorius, de 29 anos, matou a tiros sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, na madrugada de 14 de fevereiro de 2013 em sua casa de Pretória.

A magistrada que o julgou aceitou sua versão dos fatos e lhe condenou a cinco anos de prisão pelo um crime de homicídio, mas a sentença foi cancelada pela Suprema Corte, que lhe declarou culpado pelo assassinato.

A decisão sobre sua pena corresponde agora ao Tribunal Superior de Pretória, que lhe condenou em primeira instância.

A lei sul-africana prevê uma pena mínima de 15 anos de prisão para os crimes de assassinato, que no entanto pode ser reduzida se o tribunal considerar que existem circunstâncias para isso.

Após o depoimento das testemunhas da defesa e da argumentação do advogado de Pistorius, Barry Roux, para buscar uma sentença mais leve, será a vez da Promotoria, que apresentará perante a juíza Thokozile Masipa argumentos para uma condenação mais dura.

Pistorius já passou um ano atrás das grades cumprindo sua pena por homicídio e vive em prisão domiciliar na mansão de sua família em Pretória desde que saiu da prisão por bom comportamento em 20 de outubro.

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