Seleção sofre com Mônaco e vê ajuda de Kia para fechar lista olímpica
O técnico Rogério Micale anunciou, na manhã desta terça-feira, os 18 convocados para representar a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos Rio-2016. E mesmo citada a todo momento como “ótima” para o desafio de buscar a inédita medalha de ouro, a relação não foi aquela pensada inicialmente pelo treinador – juntamente com o coordenador Erasmo Damiani.
Com seguidos problemas nas negociações por liberações de convocados, a lista demorou a ser fechada e ficou marcada por tratativas difíceis como aquelas que envolveram atletas de Paris Saint-Germain (FRA), Lazio (ITA) e Mônaco (FRA).
No time francês, por exemplo, Marquinhos foi liberado, mas o sonhado Thiago Silva acabou vetado pelos dirigentes parisienses e frustrando o plano da comissão técnica de contar com o antigo capitão da seleção. No mesmo país, o Mônaco não cedeu nas negociações e impediu as presenças do lateral Fabinho e do zagueiro Wallace, que vinham participando com frequência do ciclo olímpico.
Na Itália, uma das conversas mais difíceis. E que precisou de um esforço de empresários e do próprio Felipe Anderson. Após uma desgastante negociação entre Lazio e CBF, os agentes Kia Joorabchian e Giuliano Bertolucci tiveram que intervir junto ao presidente do clube, Claudio Lotito, para confirmar a liberação do meia.
Enquanto Lotito deixava claro a ideia de atender ao pedido do técnico Marcelo Bielsa – não liberar atletas para os Jogos e ter todos à disposição para a pré-temporada –, Felipe lembrava ao dirigente o fato de ter virado as costas para propostas na última janela de transferências e pedia uma espécie de contrapartida agora.
A conversa seguia difícil. O mandatário ficava em situação delicada, tendendo a atender à solicitação do camisa 10, mas sem querer entrar em rota de colisão com Bielsa. Até que Kia e Bertolucci entraram na jogada nos últimos dias, citaram antigas e futuras negociações e selaram a liberação.
Outros “estrangeiros” do elenco, Marquinhos, do PSG, Douglas Costa, do Bayern de Munique, Fred, do Shaktar Donetsk, Neymar e Rafinha Alcântara, ambos do Barcelona, também tiveram que negociar, mas definiram suas situações um pouco antes.
Com os 12 jogadores que fecham a relação e atuam no Brasil, divididos por Palmeiras (2), Atlético-MG (2), São Paulo (1), Santos (3), Grêmio (1), Internacional (2) e Vasco (1), a CBF não enfrentou problemas para conseguir a liberação.
