Sensação do Benfica conta que precisou da ajuda da mãe para ser goleiro

Uma lesão muscular de Júlio César abriu caminho para que um dos goleiros brasileiros mais promissores pudesse, nas últimas semanas, adquirir o status de realidade no Benfica. De quebra, Ederson resolveu um problema e tanto para Dunga e a seleção brasileira que jogará a próxima Olimpíada.
Encontrar goleiros jovens em atividade com até 23 anos, nos profissionais, é uma raridade. Ederson, com atuações de destaque no mata-mata da a Liga dos Campeões, contra o Zenit-RUS, e pelo Campeonato Português, diante do rival Sporting, abriu essa oportunidade. Assim, o garoto ficou ainda mais perto da vaga no Rio de Janeiro e de justificar um pedido que fez à mãe.
"Eu comecei a jogar como zagueiro e lateral, mas vi que não tinha qualidade. Estava na escolinha de futebol e pedi para minha mãe falar para o treinador me botar no gol", explicou nesta quarta-feira, em Cariacica, véspera do amistoso entre Brasil sub-23 x Nigéria sub-23, em que ele será titular. A facilidade de jogar com os pés, exatamente por ter atuado na linha, se transformou em uma virtude no futebol moderno.
Desde aquele pedido à mãe, as coisas deslancharam para o garoto nascido em Osasco e que jogou por cinco anos nas divisões de base do São Paulo. Perto de completar 16 anos, trocou o sonho de suceder Rogério Ceni para viver na Europa. Foi levado a Portugal por emissários do empresário mais poderoso do mundo, Jorge Mendes.
"Eu aprendo muito com o Júlio César. Não só falando, mas observando ele treinar. É um excelente profissional e eu só conhecia esse profissionalismo, mas não a pessoa que acabei conhecendo muito bem, de um caráter incrível e que ajuda no dia a dia", disse.
O Brasil titular para pegar a Nigéria na quinta-feira é: Ederson; Fabinho, Wallace, Rodrigo Caio e Douglas Santos; Rodrigo Dourado e Thiago Maia; Gabriel Jesus, Felipe Anderson e Alisson; Gabigol.