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Até negociação com Adidas e Nike atrapalha vida de Lucas Silva na França

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Lucas Silva, em apresentação no Olympique: temporada de poucas oportunidades imagem: Divulgação

Dassler Marques

Do UOL, em Vitória (ES)

Uma temporada difícil no Olympique Marseille-FRA, com mais presenças do lado de fora do que no time titular. Isso reduz as possibilidades de Lucas Silva defender o Brasil nos Jogos Olímpicos em agosto. Mas até uma disputa entre empresas de material esportivo têm dificultado a vida do talentoso volante de 23 anos no futebol francês, ausente da seleção que se reúne nesta semana após três convocações seguidas.

Na avaliação de seu estafe, uma disputa entre Adidas e Nike pelo patrocínio pessoal de Lucas Silva acabou por deixar mais turbulento o clima no Olympique entre o fim de 2015 e o início deste ano. As pessoas que trabalham com o volante creem, ainda, que esses desarranjos com o clube francês atrapalham a temporada de empréstimo do volante que pertence ao Real Madrid-ESP.  

Lucas Silva, hoje quando vai a campo em partidas do Olympique, utiliza chuteiras totalmente pretas. Recentemente, o contrato de patrocínio entre a Adidas e ele terminou. Entre negociações para renovar com a marca ou assinar uma nova parceria com a Nike, o volante desagradou as duas empresas, segundo apurou a reportagem. 

A Nike é que teria ficado mais próxima de conseguir assinar com Lucas Silva, visto como um alvo interessante por pertencer ao Real Madrid e ser um dos jogadores de futuro da seleção brasileira. Mas, depois de considerar praticamente fechada a parceria, a empresa se irritou ao saber que ainda existiam conversas paralelas com a Adidas. 

Temporada difícil

Na janela de transferências do inverno europeu, Lucas Silva recusou um novo empréstimo, para a Bélgica, e desagradou ao Olympique, que esperava abrir espaço no elenco. Na sequência, ele foi removido da lista de inscritos da Liga Europa e, de acordo com a imprensa local, foi retirado do ônibus do clube - o jogador negou a informação.

Até pouco tempo atrás, o estafe de Lucas Silva acreditava no retorno ao Real Madrid para a próxima temporada. Uma das sinalizações que levava a essa ideia era o fato de que os espanhóis se negaram a estipular, no empréstimo, um valor para o Olympique fazer a compra em definitivo. Mas, sem conseguir render na França, o futuro do volante poderá passar por uma nova cessão. 

Todo o contexto de imbróglio dificulta a vida de Lucas Silva, bicampeão brasileiro com a camisa cruzeirense, em seu empréstimo à França. Em 2016, por exemplo, ele foi titular em 5 dos 19 jogos do Olympique, mas em apenas dois completou 90 minutos. Pior, ainda, foi ter ficado seis vezes no banco de reservas, sem entrar, ou nem ser relacionado em outras quatro partidas. 

Por que a Olimpíada ficou difícil

Essa falta de ritmo é o que explica sua possível, ou mesmo provável, ausência nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Convocado por Dunga e Rogério Micale para todos os sete amistosos do Brasil em 2015, ele foi titular em cinco jogos, mas não consta no elenco que se apresenta nesta segunda-feira em Vitória, no Espírito Santo.

Os volantes escolhidos para enfrentar Nigéria e África do Sul foram Thiago Maia (Santos), Rodrigo Dourado (Inter), Rafinha Alcântara (Barcelona) e Matheus Sales (Palmeiras) - outros como o são-paulino Rodrigo Caio, chamado como zagueiro, além de Fred (Shakhtar) e Walace (Grêmio) também estão na briga. 

Na avaliação da comissão técnica, a situação impacta ainda mais sobre Lucas Silva por ser um jogador que precisava de amadurecimento no futebol europeu. Nesse sentido, ter ações mais intensas e raciocínio mais rápido durante os 90 minutos eram os pontos considerados chave nessa margem de evolução. 

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