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Ex-presidente da IAAF é preso em escândalo de doping no atletismo

Jonathan Ferrey/Getty Images
Diack é investigado por comandar esquema que ignorava casos de doping na modalidade imagem: Jonathan Ferrey/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

O ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o senegalês Lamine Diack, foi preso em Paris acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em esquema que escondia resultados de exames de dopagem na modalidade. A informação é da rede de notícias AFP.

Diack teria recebido dinheiro para adiar sanções contra velocistas russos.

O dirigente era investigado há pelo menos quatro meses. A pressão sobre Diack aumentou após reportagem realizada em agosto pela televisão pública alemã "ARD" com o jornal "Sunday Times". A matéria acusa a IAAF de encobrir a maior parte dos casos de doping na modalidade, julgando ou punindo apenas um terço dos atletas flagrados em exames.

A reportagem se baseia em uma lista de 12 mil exames antidoping, sobre um total de 5 mil atletas, correspondentes ao período entre 2001 e 2012 e contidos no banco de dados da IAAF. De acordo com as análises, não houve medidas contra a maioria dos suspeitos, entre os quais se encontram campeões olímpicos e mundiais.

Dez ganhadores de medalhas de ouro nos Jogos de Londres-2012 estariam entre os flagrados. Em algumas provas, todos os atletas que subiram ao pódio integram a lista suspeita. Os veículos não informaram o nome dos atletas que tiveram resultados suspeitos, mas ressaltam que o jamaicano Usain Bolt, uma das maiores estrelas do esporte, não está entre eles.

Foram abertos procedimentos ou aplicadas punições em apenas um terço dos casos. Os dois terços restantes não sofreram nenhuma consequência, afirma a "ARD". A Rússia é apontada como o país com mais atletas com resultados suspeitos. 

Diack deixou o comando da Federação Internacional de Atletismo em agosto, após 16 anos à frente da entidade.

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