Patrícia Freitas

"Todo mundo quer ir para as Olimpíadas. Eu comecei a acreditar que poderia ir para Pequim justamente após perder a vaga no Pan".

Aos 18 anos, Patrícia Freitas foi a Pequim participar pela primeira vez de uma Olimpíada. Após dez regatas na raia de Qingdao, a atleta terminou em 18º lugar na classificação geral da RS:X, posição que refletiu a irregularidade de sua campanha. Até a quarta prova, o melhor que ela conseguiu foi uma 13ª colocação. Já nas duas seguintes, a brasileira deu sinais de que poderia se recuperar, ao conquistar um sexto e um sétimo lugar. Porém, na seqüência da disputa, Patrícia voltou a ter dificuldades e encerrou a participação com um 20º lugar na última regata.

A conquista da vaga olímpica na classe RS:X foi uma resposta de Patrícia Freitas à decepção de não ter disputado o Pan-Americano do Rio. Na seletiva brasileira para o evento continental, em 2007, ela tinha a classificação na mão até a última bóia, quando a rival Patrícia Castro a ultrapassou e garantiu a vaga que, meses mais tarde, se transformou em uma medalha de prata.

Um ano depois, Patrícia Freitas deu troco. Antes do Pan, Patrícia Castro tinha sido a 43ª colocada no Mundial da Isaf de Portugal. A colocação valeu a vaga olímpica ao Brasil, mas a nomeação para os Jogos de Pequim ainda dependia da vitória nas seletivas brasileiras. O primeiro lugar, porém, ficou com Freitas.

"Meu técnico sempre fala. Correr atrás do sonho é mais fácil. Eu não fui para o Pan, mas vou para a Olimpíada. É melhor, não? Todo mundo, quando começa a disputar um esporte olímpico, quer ir para as Olimpíadas. Mas eu comecei a acreditar que poderia ir para Pequim justamente após perder a vaga no Pan", diz Patrícia.

Nascida em Washington, nos Estados Unidos, quando o pai trabalhava no exterior, Patrícia veleja em família. Sua irmã mais velha, Catarina, disputou o Pré-Olímpico e terminou em terceiro lugar, atrás das duas Patrícias - a irmã e a medalhista pan-americana.