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Com Nuzman reeleito, ministro defende alternância de poder entre cartolas

Kleiton Amorim/UOL
Leonardo Picciani, ministro do Esporte e deputado federal pelo PMDB imagem: Kleiton Amorim/UOL

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

No mesmo dia em que Carlos Arthur Nuzman foi eleito para seu sexto mandato consecutivo na presidência do COB (Comitê Olímpico do Brasil), o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ) defendeu a alternância no poder em entidades esportivas do Brasil. Questionado diretamente sobre a reeleição de Nuzman, Picciani disse que ela é uma questão interna do COB.

O ministro concedeu uma entrevista coletiva após participar de um evento sobre o legado da Olimpíada de 2016. “A lei [de 2013] já limita à recondução de dirigentes a partir de agora. Eu acho positivo que haja um limite para que se possa oxigenar a condução das confederações”, afirmou.

A lei a qual se referiu Picciani é 12.868. Ela foi sancionada pela então presidente Dilma Rousseff (PT) e determinou que entidades esportivas que recebem dinheiro público cumpram certas regras: seus presidentes não podem passar mais de oito anos consecutivos no comandado das entidades.

Nuzman preside o COB há 21 anos. Com sua reeleição, poderá chegar aos 25 anos no poder. Como a lei que limita os mandatos de cartolas entrou em vigor em 2013, ela não serviu para impedir mais uma recondução do cartola à presidência do Comitê Olímpico, que recebe dinheiro público.

Picciani evitou comentar a sexta reeleição de Nuzman. “Esse é um assunto do COB”, afirmou “Cabe ao ministério respeitar a decisão do colégio eleitoral. O ministério não opina sobre o assunto.”

Cobrança por Educação Física

Ainda durante o evento sobre o legado olímpico, o ministro Picciani foi cobrado publicamente pela plateia e por Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas, sobre a manutenção da Educação Física como uma disciplina obrigatória no Ensino Médio. Uma medida provisória publicada no mês passado a converteu como optativa.

“Dizer que Educação Física será opcional é o mesmo que dizer que não haverá mais”, disse Torben, após sentar-se ao lado do ministro para um debate.

Picciani defendeu a reforma no Ensino Médio iniciada pelo governo federal. Segundo ele, a Educação Física continuará presente nas escolas se o Ministério do Esporte e da Educação fomentarem o esporte. “Sou favorável a transformação do Ensino Médio que a MP se propõe a fazer”, disse.

 

 

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