! Diego Hypolito recebe sondagem para virar militar após sucesso na Rio-2016 - 20/08/2016 - UOL Olimpíadas

Ginástica

Diego Hypolito recebe sondagem para virar militar após sucesso na Rio-2016

Guilherme Costa

Do UOL, no Rio de Janeiro

Das 18 medalhas que o Brasil já assegurou na Rio-2016 (19 , considerando o pódio certo do vôlei masculino), 13 foram obtidas por atletas militares. Diego Hypolito, 30, é uma exceção. O ginasta que obteve a prata no solo não teve apoio das Forças Armadas durante a preparação para os Jogos Olímpicos deste ano, mas isso pode mudar no ciclo seguinte. Neste sábado (20), recebeu uma sondagem para ser encaixado num edital próximo.

A história começou em uma entrevista coletiva de Diego no Rio de Janeiro. O ginasta foi questionado sobre o porquê de não ser parte das Forças Armadas. Respondeu apenas que nunca recebeu um convite.

O programa de alto rendimento das Forças Armadas tem 670 atletas, que recebem R$ 15 milhões anuais em salários (média de R$ 22.338 por pessoa) e outros R$ 3 milhões em inscrições e estrutura para participação em competições. Na Rio-2016, 145 dos 465 brasileiros inscritos eram militares.

Horas depois de Diego ter se mostrado receptivo sobre uma chance de ingressar nas Forças Armadas, um oficial de alta patente já fez a primeira sondagem. Ainda não há negociação em curso, mas a ideia é que o atleta tenha de se inscrever via edital, mas tampouco existe uma data programada para isso acontecer.

Os atletas do programa de alto rendimento são divididos entre militares de carreira (76) e temporários (594). O maior contingente entre os olímpicos está no segundo grupo – são esportistas que se inscrevem, comprovam méritos em suas modalidades e passam a receber apoio por até oito anos, desde que mantenham rendimento.

A possibilidade de incluir Diego Hypolito nesse grupo reforça uma das maiores polêmicas em torno do plano de alto rendimento das Forças Armadas. Muitas pessoas condenam o projeto por ser limitado a atletas prontos, com méritos comprovados, e contribuir pouco para disseminar o esporte no país. Na Rio-2016, esse discurso foi adotado, por exemplo, por Marcos Gotto, técnico de Hypolito.

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