Rio-2016 começa com público decepcionante e críticas por preços em Salvador
O esperado clima de Copa do Mundo passou longe da Fonte Nova no primeiro dia de jogos pelo torneio masculino de futebol da Rio-2016. O público foi decepcionante - menos da metade da média do Mundial no Brasil - e os altos preços para lanches e bebidas viraram alvo das reclamações dos torcedores.
Apenas 16.500 pessoas estiveram no estádio na última quinta-feira (4) para acompanhar o empate entre México e Alemanha por 2 a 2, além da goleada por 8 a 0 da Coreia do Sul contra Fiji. O número é baixo se comparado com a Copa do Mundo de 2014. Na ocasião, a Fonte Nova sediou seis jogos - a média foi de 50 mil espectadores.
Os duelos foram: Espanha 1 x 5 Holanda (48.173), Alemanha 4 x 0 Portugal (51.081), Suíça 2 x 5 França (51.003), Bósnia 3 x 1 Irã (48.011), Bélgica 2 x 1 Estados Unidos (51.227) e Holanda (4) 0 x 0 (3) Costa Rica (51.179).
Segundo torcedores ouvidos pelo UOL, pesaram contra os horários dos jogos - mexicanos e alemãs duelaram às 17h em um dia útil - e a crise econômica. O ingresso mais barato custou R$ 35. Apesar da estreia modesta, a expectativa é que o público melhore nas partidas do próximo domingo (7). Já na quarta-feira (10), os ingressos estão esgotados para Brasil e Dinamarca pela última rodada da fase de classificação.
Água custa R$ 8, cheeseburguer sai a R$ 18
Os preços para alimentação na Arena Fonte Nova irritaram boa parte dos torcedores. Uma água custava R$ 8, enquanto refrigerante e cerveja saíam a R$ 10 e R$ 13, respectivamente. Para comer, cheeseburguer (R$ 18) e salgados (R$ 10) eram algumas opções.
“É um absurdo praticar esse tipo de preço no momento que o país atravessa. Estou com dois filhos. Só de lanche e refrigerante gastei quase o valor de dois ingressos. Acho que o público também se afasta por isso. Ninguém está com tanto dinheiro assim”, comentou o administrador Leonardo Tavares.
"Não teria comprado o ingresso se soubesse desses preços. É um absurdo. Impraticável para a realidade brasileira", completou a estudante Isabella Mattos.
Fiji é o ponto alto do primeiro dia
Se os preços e o público não empolgaram, o ponto alto do primeiro dia ficou com a seleção de Fiji. O pequeno país da Oceania foi o preferido dos torcedores. Eles receberam o apoio das arquibancadas, músicas foram criadas, mas o esperado se consumou. Derrota por goleada em campo e simpatia fora das quatro linhas. Domingo que vem tem mais.