Olimpíadas 2016

Mari Paraíba vê briga com Jaque por vaga na Rio-2016: "Eu corro por fora"

Divulgação/CBV
Mari Paraíba entrou no terceiro set da vitória brasileira sobre o Japão nesta sexta-feira (10) imagem: Divulgação/CBV

Guilherme Costa

Do UOL, no Rio de Janeiro

A ponteira Mari Paraíba, 29, foi uma das novidades da seleção brasileira de vôlei feminino nesta sexta-feira (10), no Rio de Janeiro, em vitória por 3 sets a 0 sobre o Japão. Na terceira parcial, já com o placar dilatado em favor das anfitriãs, o técnico José Roberto Guimarães, 61, aproveitou para testá-la no lugar de Fernanda Garay, 30 – a central Adenízia, 29, também entrou no lugar de Juciely, 35. As alterações podem parecer corriqueiras, mas tiveram um peso muito maior. Afinal, as suplentes que entraram estão na briga pelas últimas vagas abertas na equipe nacional para os Jogos Olímpicos deste ano.

“Estou disputando com quatro grandes jogadoras e sei da minha função dentro do time. Estou me esforçando diariamente para ver o que pode ser melhorado e como posso estar entre o grupo. Sei que vai ser difícil, mas nada é impossível da minha parte, vou dar o melhor sempre para conseguir essa vaga”, disse Mari Paraíba. “Eu corro por fora. Com certeza. Estou brigando por essa vaga mais com a Jaque. A disputa é mais entre mim e ela”.

Zé Roberto convocou 19 jogadoras para a temporada 2016 da seleção brasileira, e desse grupo sairão as 12 que representarão o país nos Jogos Olímpicos. Até o momento, a única baixa no grupo é a oposta Monique, que pediu dispensa por motivos pessoais.

Entre as 18 que sobraram, há apenas três posições abertas. Até os Jogos, Zé Roberto precisa definir a segunda levantadora (Roberta, Fabíola e Naiane são as candidatas), a terceira central (Adenízia, Juciely e Carol brigam por essa vaga) e a última atacante (ele pode levar Tandara como oposta, o que o obrigaria a cortar uma ponteira, ou usar Natália na inversão e acomodar Jaqueline, Fê Garay, Gabi e Mari Paraíba no grupo).

“Eu não descartei nada ainda. Tudo pode acontecer. Hoje mesmo [sexta-feira] eu pensei em usar a Natália como oposta”, disse o treinador. “A gente tem um número que vai deixar. Não posso ficar trabalhando com 19 ou 18 o tempo inteiro. A gente vai ter de reduzir o grupo, mas ainda tem muito para ver”, adicionou.

No Grand Prix, Zé Roberto tem aproveitado para fazer um rodízio entre as centrais. Como Carol está lesionada e não pôde ser utilizada na primeira fase, ele iniciou com Juciely e Fabiana na vitória sobre a Itália e teve Juciely e Thaísa como titulares diante do Japão. No domingo, no embate com a Sérvia, a ideia do comandante é escalar Fabiana e Thaísa na formação principal.

Entre as atacantes, Gabi e Jaqueline também não reúnem plenas condições para a fase inicial do Grand Prix. A primeira até tem entrado para dar volume ao fundo de quadra, mas a titular do último ciclo olímpico sequer tem se trocado – o treinador vai preservá-la para a etapa seguinte, em Macau.

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