Capitã do vôlei brasileiro tem preparação VIP para chegar bem à Rio-2016
Em um esporte coletivo, é raro que os treinos sejam totalmente individualizados. É ainda mais raro que toda a comissão técnica de uma equipe se dedique a apenas um atleta. No vôlei feminino do Brasil, a preparação para os Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro, começou exatamente assim. Durante a primeira semana em Saquarema (RJ), a central Fabiana Claudino, 31, capitã da equipe nacional, foi o único foco de todos os profissionais que trabalham com o time.
O técnico José Roberto Guimarães anunciou na manhã da segunda-feira (04) uma lista com 19 jogadoras convocadas para a temporada 2016 da seleção brasileira. Horas depois, apenas Fabiana e a líbero Leia, 31, se apresentaram em Saquarema. A defensora, contudo, está lesionada e ficou restrita a sessões de tratamento e fisioterapia durante os primeiros dias de trabalho.
“Eu me senti super VIP. Brinquei com eles que eu passei a ter um massagista só para mim, um fisioterapeuta só para mim, um preparador físico só para mim. Dedicação total. Foi um grande privilégio e uma grande oportunidade para um trabalho bem específico, com todo mundo olhando apenas para mim”, disse Fabiana.
A capitã é uma das remanescentes do elenco que venceu as duas últimas edições dos Jogos Olímpicos. Até pela experiência acumulada, elegeu a pressão de ser mandante como principal ameaça em 2016.
“Acho que eu já chego mais madura. Sou outra pessoa, outra jogadora. A gente sabe da pressão que vai existir aqui neste ano, e por isso é preciso estar bem. É preciso estar preocupado com a cabeça, principalmente, mas também com o físico”, avaliou.
O maior contingente de jogadoras foi incorporado ao grupo nesta semana. A seleção ainda espera a ponteira Fernanda Garay e a oposto Sheilla, que atuam no vôlei europeu e só devem se apresentar no fim do mês.
Fabiana não teme desemprego depois da Rio-2016
Fabiana jogou a última edição da Superliga de vôlei feminino pelo Sesi-SP, que decidiu mudar de diretriz e terá um elenco sub-23 na próxima temporada. A central tem contrato até o fim de maio e ainda não foi sequer comunicada sobre isso.
“Sei pelas redes sociais, mas ninguém me falou nada. Então eu faço parte do Sesi ainda. Não penso nisso. Estou tranquila e tenho um foco maior neste ano, que é a Olimpíada no Brasil. Estou tranquila e sei que ficar sem jogar eu não vou”, finalizou Fabiana.