Resultados põem Etiene na mira. E ela sabe como se preservar para Rio-2016
Os meses de julho e agosto foram especiais para Etiene Medeiros e mudaram a maneira que a atleta de 24 anos irá encarar os poucos menos de 365 dias que restam até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
A jovem pernambucana sabe que o fato de ter sido a primeira nadadora brasileira a ganhar um ouro em Jogos Pan-Americanos (100m costas em Toronto) e também a primeira a levar uma medalha em um Mundial de Piscina Longa (50m costas em Kazan) trazem maior responsabilidade e que a partir de agora será muito mais visada.
"É natural que eu fique mais visada à medida que vou alcançando os seus objetivos. Já estou sentindo diferença desde que voltei da Rússia, mas estou sabendo como me comportar. Para ir atrás de um sonho, é preciso saber lidar com o status e a fama", afirmou a nadadora.
Etiene já tem sentido o assédio durante a disputa do Troféu José Finkel, que acontece nesta semana em São Paulo. Não é apenas requisitada pelos fãs para tirar selfies e dar autógrafos, como também é alvo de todas as câmeras e microfones. Uma nova realidade.
"O assédio não me atrapalha. Eu até gosto, para falar a verdade. Mas claro que sei que preciso me preservar também, saber escolher a hora certa de fazer treinos, viagens, atender a imprensa. Depois do Finkel (que termina no sábado), vou tirar férias e fugir para o Recife. Quando voltar, vou elaborar toda a minha programação pensando na Olimpíada", disse a atleta que defende o Sesi-SP.
O Finkel é a última de três competições de Etiene em um período de 40 dias. E depois de já ter escrito seu nome na história, admite que o cansaço está pesando. Tanto assim, que nadará apenas as provas de 50m. Na segunda-feira, por exemplo, abriu mão de competir nos 100m costas.
"Para ir atrás de um sonho é necessário superar alguns obstáculos. Para mim, está sendo bem complicado por causa desta questão física. Mas quando você está feliz consegue levar as coisas de uma maneira tranquila", disse a nadadora.