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Ministério do Trabalho aponta erros e para parte de obra do Parque Olímpico

Bruno Carvalho/ME (março de 2015)
Parque Olímpico em obras (março de 2015) imagem: Bruno Carvalho/ME (março de 2015)

Guilherme Costa

Do UOL, no Rio de Janeiro

Após auditoria realizada nesta quarta-feira (29) pela SRTE/RJ (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro), o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) decidiu interromper parte das obras do Parque Olímpico, uma das principais estruturas para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

As irregularidades apontadas na vistoria estão no velódromo e em uma das arenas de tênis. As obras nesses setores foram paralisadas até 13h da próxima quinta-feira (30), quando a SRTE/RJ deve fazer nova avaliação no local. Caso os problemas sejam resolvidos nesse prazo, a construção poderá ser retomada.

As arenas de tênis e o velódromo estão situados na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, região que vai receber 23 modalidades na Rio-2016. O Parque Olímpico nesse setor tem 1,18 milhão de metros quadrados, com um total de nove instalações, e é chamado pelo próprio comitê organizador de “o coração do evento”.

Em nota oficial, o MTE informou que o velódromo tem as seguintes irregularidades: ausência de proteção coletiva nos locais com risco de queda de trabalhadores; falta de acesso seguro; acúmulo de material na borda dos taludes; inexistência de projeto de escavação e falta de escoramento; e falta de laudo técnico que comprovasse estabilidade dos taludes. A vistoria também motivou interdições na serra circular e na betoneira do canteiro de obras.

A RioUrbe (empresa municipal de urbanização do Rio de Janeiro), também em nota oficial, disse que a maioria dos pontos levantados pela vistoria foi resolvida imediatamente. Segundo a companhia, o principal ponto a ser sanado até quinta-feira é a angulação de uma rampa que liga o centro do velódromo aos anéis externos.

“Auditores do Ministério do Trabalho pediram melhorias na inclinação da rampa de fuga utilizada pelos operários na escavação do subsolo do velódromo. Para cumprir o pedido, as atividades, nesse ponto específico, precisaram ser interrompidas. Nas outras áreas o trabalho prossegue normalmente”, informou a RioUrbe.

No tênis, a interrupção das obras atingiu apenas a maior das arenas, que tem capacidade para 10 mil pessoas. Os dois aparatos menores (que comportam 5 mil e 3 mil espectadores) seguem com ritmo normal de construção.

“Na arena de tênis houve o embargo total da obra por falta de proteção contra quedas em diversos pavimentos; aberturas de piso; vãos de elevadores e escadas de acesso desprotegidos”, escreveu o MTE.

Segundo a RioUrbe, a principal reclamação nesse espaço foi a falta de guarda-corpos – a justificativa da empresa é que esses aparatos de segurança são retirados durante a obra para viabilizar transporte de materiais. A previsão é que essas proteções sejam instaladas até sexta-feira (01).

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