! DF cria uma "fábrica de saltos" para brasileiros que disputarão Rio-2016 - 28/04/2015 - UOL Olimpíadas

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DF cria uma "fábrica de saltos" para brasileiros que disputarão Rio-2016

Daniel Brito

Do UOL, em Brasília

Estão em fabricação em Brasília alguns dos movimentos que serão apresentados nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, nos saltos ornamentais. A capital federal montou uma verdadeira fábrica de saltos com uma estrutura jamais vista no país, segundo os responsáveis pelo local. É chamado de Centro de Excelência, que serve como base para treinamentos da seleção brasileira.

Neste mês de maio, por exemplo, os melhores do país passarão duas semanas no Distrito Federal utilizando os equipamentos. A primeira semana, em treinamento da seleção, a partir do dia 18, e a seguinte, disputando o Troféu Brasil de saltos, de 28 a 31 de maio.

Pelas contas do coordenador e idealizador do centro, Ricardo Moreira, foram gastos, aproximadamente, R$ 2 milhões para erguer essa estrutura, por meio de convênio com o Ministério do Esporte. Fica no Centro Olímpico da UnB (Universidade de Brasília), uma estrutura que seria usada em 2019 caso Brasília se mantivesse como sede da Universíade, as olimpíadas universitárias mundiais. “Temos aqui tudo o que vimos em CTs lá fora, como Alemanha, Rússia, China, só que lá são oito, 10, 15 estruturas dessa”, comparou Moreira.

O centro oferece muito além dos trampolins e da piscina. Há uma máquina de bolhas, para amenizar a queda em caso de erro de cálculos, filmagem para observação de cada movimento dos atletas, e um inédito cinto de segurança. “É a única no país com cinto na água, para o técnico controlar o movimento. Serve para dar altura, velocidade, amortece,mais segurança”, explicou Moreira, que também tem a responsabilidade de ser supervisor de saltos ornamentais da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos).

O que torna ainda mais singular o local é a estrutura fora da água. Um ginásio coberto, capaz e abrigar uma quadra de basquete ou de vôlei, foi completamente equipado para preparar os saltos. Há trampolins, fossos de espuma, cintos de segurança, entre outros itens que auxiliam o atleta a montar sua série antes mesmo de testá-la do alto do trampolim à beira da piscina.

“Podemos dizer que 70% da preparação do atleta ocorrem no seco, ou seja, nos equipamentos do ginásio . Só os 30% finais que são na piscina”, estimou Moreira. Ele contou que principalmente os atletas mais jovens serão os beneficiados, não só para os Jogos Olímpicos do Rio-2016, mas também para Tóquio-2020. Todas as séries novas que serão apresentadas daqui para frente, passarão por todos os procedimentos no centro de excelência de Brasília.

“Antes do centro, tínhamos que utilizar a estrutura de outros países para aperfeiçoar os movimentos. Agora, vamos para fora para competir e podemos nos orgulhar de dizer que treinamos em condições iguais aos das grandes potências”, vibrou Moreira.

Os atletas mais tarimbados, como o brasiliense Hugo Parisi, que disputou os Jogos de Pequim-2008 na plataforma de 10 metros, lamenta já ter sua série pronta para 2016. “Se contasse com todos esses equipamentos quando comecei a montar meus saltos, certamente diminuiriam as chances de ter dado diversas barrigadas no início da carreira. Temos o que há de melhor para nos prepararmos”, afirmou Parisi. 

Divulgação/Ministério do Esporte
Parque Aquático da UnB: ao fundo, ginásio com estrutura de treino fora d'água imagem: Divulgação/Ministério do Esporte

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