Mundial de ginástica começa com olho no Rio e todos contra EUA e japonês
Campeonatos Mundiais já são importantes por natureza. Quando são classificatórios para as Olimpíadas, então, ganham grau máximo de relevância. E é isso que veremos a partir desta sexta-feira, quando começa o Mundial de ginástica artística em Glasgow, na Escócia.
Mais do que conquistar medalhas, o principal objetivo de todos os ginastas e países que passarem pela Hydro Arena nos próximos 11 dias será garantir vaga para os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Para alguns, o passaporte está praticamente garantido, é só fazer o esperado e confirmar. Mas para a maioria, o que começa é uma concorrência forte, em que décimos e centésimos de pontos podem render o sucesso ou o fracasso de um ciclo inteiro.
Veja abaixo o que está em jogo e quem devem ser os principais personagens da competição no Reino Unido.
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Final por equipes e medalhas individuais = vaga no Rio
Mais de 500 atletas competirão nos próximos dias em Glasgow, mas o foco deles está bem longe daqui, no Rio de Janeiro. Para garantir a vaga por equipes, os países devem se classificar para a final na Escócia, isto é, ficar entre o 1º e o 8º lugares, tanto no masculino quanto no feminino. Quem terminar entre 9º e 16º terá mais uma chance em abril do ano que vem, no evento-teste que será o último qualificatório. Lá, mais quatro times passam. O resto fica fora da Olimpíada. Individualmente, também estarão automaticamente classificados para os Jogos os atletas que subirem ao pódio nas finais individuais.
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Brasil mais forte no masculino
Após duas décadas de sucesso das meninas, hoje são os garotos que têm mais chances de triunfo na ginástica brasileira. Em Glasgow, mesmo sem Sergio Sasaki, nosso melhor ginasta, a equipe masculina tem boas chances de classificação para o Rio e deve garantir vaga olímpica pela primeira vez na história. Já entre as mulheres, a situação é mais complicada. O Brasil tem uma equipe boa, com Jade Barbosa, Flavia Saraiva e Daniele Hypolito como destaques, mas enfrenta concorrência forte de equipes como Alemanha, Austrália, França e Suíça. Isso porque EUA, Rússia, China e Romênia estão em outro patamar. Portanto, classificar para o evento-teste é o cenário mais provável.
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Destaques do Brasil: campeão olímpico e a queridinha
Dois nomes brasileiros têm boas chances de conseguir finais individuais e brigar por medalhas em Glasgow. Campeão olímpico em Londres-2012, Arthur Zanetti deve brigar pelo ouro ou a prata nas argolas. Já a novata Flavia Saraiva, de apenas 16 anos, considerada o mascote da equipe pelo tamanho, idade e carisma, têm boas chances de passar para as decisões de individual geral, solo e trave. Só vai precisar ser menos instável do que foi nos Jogos Pan-Americanos.
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Ninguém segura os Estados Unidos
É consenso: a ginástica feminina norte-americana está em outro patamar em relação ao resto do mundo. Se no Mundial do ano passado elas já ganharam o título por equipes com mais de seis pontos de diferença para a vice-campeã China, agora, com um time ainda melhor, a situação parece definida. De quebra, as compatriotas Simone Biles, que pode ser a primeira tricampeã consecutiva da história, Gabby Douglas, campeã olímpica em 2012, e Maggie Nichols, revelação do ano nos Estados Unidos, devem brigar pelo ouro no individual. Só a romena Larissa Iordache e a suíça Giulia Steingruber podem assustar.
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É um robô? É o Super-Homem? Não, é o melhor da história
Kohei Uchimura é o atual campeão olímpico, ganhou os últimos cinco Mundiais e não perde uma prova de individual geral há sete anos. Quando o japonês aparece, todos os flashes são nele, que até se permite cometer alguns errinhos propositais nos treinos para disfarçar a superioridade. Uchimura é chamado de monstro, robô e até Super-Homem pelos adversários, e o hexacampeonato é bem provável.
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Esporte de adolescentes? Não para eles
A ginástica artística se solidificou como um esporte de atletas jovens, muitos adolescentes, sobretudo com o sucesso da China nos últimos 15 anos. Mas em Glasgow, veremos que a idade começa a deixar de ser tabu. Krisztian Berki, húngaro de 30 anos, Marian Dragulescu, romeno de 34, e Oksana Chusovitina, a mais velha ginasta do campeonato com 40 anos, devem brigar por medalhas em seus respetivos aparelhos.
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