Após quebra de protocolo, Scola diz que temia "vergonha" em caso de briga

Fábio Aleixo e José Ricardo Leite
do UOL, no Rio de Janeiro

Brasil e Argentina quebraram um protocolo neste sábado antes de a bola subir para a quarta rodada do basquete masculino na Rio-2016. Mas foi por um bom motivo. Além das bandeiras entrarem juntas na quadra da Arena Carioca 1, Marcelinho Huertas e Luis Scola, capitães das duas equipes, pediram paz entre os torcedores nas arquibancadas.

"Boa tarde. Estamos aqui para falar em nome de Brasil e Argentina. Somos irmãos sul-americanos. Viva o espírito olímpico", declarou Huertas com o microfone em mãos.
 
"Em nome de todas as equipes, queremos um espetáculo esportivo com respeito e civilidade", completou Scola, que foi um pouco vaiado no começo, mas aplaudido pelos torcedores brasileiros ao final. O hino nacional da Argentina, que costuma ser vaiado nas arquibancadas, foi muito respeitado.
 
Ao final da partida, com vitória eletrizante da Argentina por 111 a 107, Scola comemorou o bom comportamento dos torcedores. "Me daria vergonha se tivesse briga e insultos nas arquibancadas. Isso me deixa para baixo. Ainda bem que foi uma grande festa. Fico encantado com as pessoas cantando e torcendo por seu time. Não queria insultos e briga aqui hoje (sábado)".
 
Depois de uma confusão envolvendo um brasileiro e um argentino em uma partida de tênis, a Rio-2016 decidiu, devido a grande rivalidade entre Brasil e Argentina, reforçar a segurança na Arena Carioca 1. De acordo com o Tenente Coronel da Força Nacional de Segurança Aginaldo de Oliveira, houve um aumento de 50 para 150 policiais dentro do ginásio neste sábado.