Olimpíadas 2016

Marta não quer saber de pressão por ouro na Rio-2016: "Já fizemos história"

Danilo Verpa/Folhapress
Marta, durante treino da seleção brasileira feminina de futebol imagem: Danilo Verpa/Folhapress

Gustavo Franceschini

Do UOL, no Rio de Janeiro

Maior nome da história do futebol feminino, Marta tem um currículo extenso, que inclui duas medalhas de prata nos Jogos Olímpicos. Em casa, ela pode ter a última chance de adicionar um grande título à coleção de conquistas. Só que a camisa 10 da seleção brasileira de futebol feminina não quer saber de pressão na Rio-2016.

“Se tiver de acontecer, vai ser naturalmente. Se não ganhar, não vai apagar o que a gente vem fazendo ao longo dos anos. A gente já fez história. Vai, é lógico, dar uma incrementada na nossa história”, disse Marta, em entrevista coletiva após um dos últimos treinamentos antes da estreia nos Jogos Olímpicos, na próxima quarta-feira, às 16h, contra a China.

As Olimpíadas são marcantes na carreira de Marta. Foi em Atenas, em 2004, que ela chamou a atenção pela primeira vez. Então uma novata, ela surpreendeu ao liderar uma seleção desacreditada à sua primeira final nos Jogos. Quatro anos depois, no auge da forma, repetiria a prata em Pequim, colocando o Brasil pela primeira vez entre as maiores forças do esporte.

Depois de cada uma das conquistas, vinha a cobrança por melhorias no futebol feminino. O tema sempre volta à tona pelo simples fato de que as condições para as meninas ainda estão longe das ideais. Também por isso, Marta considera injusto que se cobre uma conquista da geração estrelada por ela, Formiga e Cristiane.

“Eu acredito que mudou um pouco a situação, mas tem outras coisas que precisam continuar melhorando. Não melhorou o suficiente. O futebol feminino vai morrer se a gente não ganhar a medalha de ouro? Tem de plantar agora e colher depois de um tempo. Você não quer colher agora sem plantar nada, né? Que aí não sai m... nenhuma. Eu já ia falar um palavrão aqui”, disse ela aos risos. 

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