Brasileira pode estrear na Olimpíada com olho roxo após cotovelada

Bia Zaneratto é atacante da seleção feminina do Brasil no futebol. Aos 22 anos, deve jogar sua primeira partida nos Jogos Olímpicos de olho roxo. Cortesia de uma rival australiana que a acertou com o cotovelo. “Agora já está bem melhor. Na hora do jogo doeu muito”, lembra a jogadora.

Bom para ela que o resultado daquele jogo foi bom. O 3 a 1 para o Brasil foi prova que o Brasil que perdeu nas oitavas de final da Copa do Mundo do ano passado para as próprias australianas está em recuperação. Mais ou menos como o olho de Bia... “É para entrar no clima de Olimpíada. Todo mundo querendo muito. Pancadaria faz parte do futebol”, completa a jogadora.

Até a estreia brasileira, marcada para o dia 3, o olho da atleta vai estar um pouco melhor do que o da foto. O primeiro rival é a China, seleção que já foi uma das melhores do mundo e que chega aos Jogos Olímpicos após uma entressafra de talentos. “Elas fizeram como o Japão. Colocaram muito trabalho nas categorias de base para criar uma geração forte. As japonesas ganharam a Copa assim (de 2011). Agora, é a vez das chinesas”, explica a zagueira Érika.

Jogando antes mesmo da cerimônia de abertura, o time de futebol é o primeiro da delegação verde-amarela a entrar em campo. “O maior desafio contra a China é a ansiedade pela estreia. Sempre rola. Todo mundo estava esperando o momento de entrar na Vila. Entramos. Agora é jogar. Acho que os primeiros 15 minutos serão difíceis. Depois, dá para ficar mais tranquilo”, fala Bia.

O jogo marca, também, a primeira experiência do técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão. Mas seu time é experiente. Conta com jogadoras como Marta, eleita cinco vezes campeã do mundo, Formiga, indo para sua edição dos Jogos, e Cristiane, duas vezes medalhista de prata com o Brasil e maior artilheira do futebol olímpico feminino, com 12 gols.