Olimpíadas 2016

Chefe argentino fala em sabotagem de construtoras na Vila Olímpica

Guilherme Costa/UOL
A Vila Olímpica foi aberta neste domingo aos atletas - mas já teve relatos de furtos. 14 delegações são esperadas para entrarem nas instalações imagem: Guilherme Costa/UOL

Do UOL, em São Paulo

Diego Gusman, chefe da delegação argentina nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, afirmou que acredita em uma sabotagem na Vila Olímpica. Para ele, todos os problemas registrados desde o inicio da entrada dos atletas na manhã de domingo seriam um boicote das construtoras ao Comitê Organizador.

"Ao entrar, foi evidente que faltava todo o final da obra, havia muitos detalhes sem acabar. Começamos a provar a luz, a água e parecia que o apartamento explodia. Havia vazamento de água nas paredes, no teto. Havia coisas feitas às pressas e com materiais de má qualidade, mas acreditamos que também houve uma certa sabotagem porque como se explica que houvesse blocos de cimento dentro dos encanamentos? É um desastres, e as falhas se repetem em toda a Vila", afirmou Gusman ao jornal La Nacion.

"Não sei se o consórcio que contrataram para a construção não inspecionou os departamentos ou se alguém fez isso de forma proposital para gerar problemas. Mas em muitíssimas unidades não estão seguindo as normas de segurança para alojar os atletas", disparou.

Na segunda-feira, em entrevista coletiva, o presidente do Comitê Olímpico Argentino, Gerardo Werthein, havia dito que a Vila estava 'inabitável'. Dos cinco pisos reservados aos argentinos, dois apresentavam inúmeros problemas. Por causa disso, os primeiros atletas do país serão alojados em apartamentos próximos à Vila.

"Esperamos que todos os trabalhos na Vila estejam prontos até o fim desta semana", disse Gusman.

Reportagem do UOL Esporte desta terça-feira mostra que o  Consórcio Ilha Pura, formado pela Odebrecht Imobiliária e pela Carvalho Hosken, entregou as instalações hidráulicas e elétricas da Vila Olímpica de atletas apenas há um mês.

 

 

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