Iziane se emociona ao lembrar corte polêmico e se policia antes da Rio-16

Leandro Carneiro
Do UOL, em São Paulo
Reprodução/Instagram
Iziane tem controlado suas postagens no Instagram

A ala Iziane teve um corte polêmico da seleção brasileira de basquete feminino há quatro anos antes dos Jogos Olímpicos de 2012. Hoje, prestes a representar o Brasil na Olimpíada do Rio de Janeiro, a brasileira ainda não gosta de tocar no assunto. Mas, quando fala, ela se emociona e admite o arrependimento.

“Eu me arrependo de muita coisa, mas não quero tocar nesse assunto neste momento porque o que eu teria a declarar não seria legal nesse momento (de preparação para a Olimpíada)”, disse Iziane, ao UOL Esporte, que ficou com os olhos marejados ao comentar o tema.

O assunto que Iziane não quer falar é o motivo que ocasionou seu corte. Ela foi flagrada com seu namorado na concentração de um hotel na França e acabou ficando de fora dos Jogos de Londres, poucos dias antes do início da competição. O corte da ala deixou o grupo brasileiro com uma atleta a menos no torneio em 2012. 

Hoje, para evitar problemas semelhantes, Iziane policia seu comportamento fora de quadra. E um de seus maiores cuidados acontece nas redes sociais.

“Para mim está tranquilo (seguir as regras de rede sociais), sempre tive uma postura bem tranquila em relação a redes sociais. Muita gente olha a gente como ídolo, então sempre tive muito cuidado no que postar. Só me proibiram algumas coisas que eu posto pouco mais sensuais, mas não tem problema nenhum”, afirma dando risada. “Tem de se comportar por três meses”, completou.

A restrição, citada por Iziane, faz parte de uma cartilha de regras feita pela Confederação Brasileira de Basquete. A entidade já admitiu ter criado algumas normas para manter um bom ambiente na concentração. Entre as recomendações, estão o veto a presença de namorados na concentração e um cuidado extremo com o uso das redes sociais, para não haver uma exposição desnecessária antes e durante a competição.

"Nossa assessoria de imprensa está fazendo um trabalho com as jogadoras voltado para esta parte. Por exemplo, não acho que seja bom uma atleta posar uma foto em uma pose mais sensual. Qual a necessidade disso? Não se trata de adotar uma postura de general, mas é bom evitar que possa surgir qualquer polêmica que não vai ajudar em nada", disse recentemente Adriana Santos, coordenadora de seleções femininas, ao UOL Esporte.

Hoje, aos 34 anos, Iziane sabe que tem uma responsabilidade grande na seleção feminina em busca da medalha no Rio de Janeiro e, por isso, quer servir de exemplo para as jogadoras mais jovens do grupo.

“Eu acho que elas precisam saber o que esperar, ter esse tipo de conversa. Elas precisam saber como vai ser, já chegar lá e não cair de paraquedas em algo novo. A gente, mais experiente, tem de sempre estar atenta e não deixar perder o foco. Sempre que precisar estar ali para puxar de volta para o grupo. Essa é nossa responsabilidade por ser mais velha”.