Revezamento da tocha começa com protestos pelas ruas de Brasília
O revezamento da tocha pelas ruas de Brasília na manhã desta terça-feira começou com protestos de diversas entidades e populares. Enquanto os condutores carregavam a chama pela capital do país, diversas faixas foram estendidas e vazaram nas imagens transmitidas por todo o mundo.
Alguns manifestantes pediam a saída do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e outros até criticavam a Nissan, uma das patrocinadoras do revezamento. Faixas do Movimento Luta Pela Terra (MLT) também foram estendidas e algumas outras em inglês. Houve também apoio a presidente Dilma Rousseff, que recebeu a tocha e a entregou a jogadora de vôlei Fabiana, a primeira a carregá-la.
A presença dos manifestantes criou um certo tumulto na saída da chama do Palácio do Planalto, mas nada que atrasasse a programação. Os responsáveis pela segurança rapidamente liberaram a via sem que houvesse nenhum tipo de confronto.
"Eu estava nervosa, mas consegui ver o pessoal tentando furar o bloqueio", afirmou Fabiana, que quase foi engolida pelos manifestantes.
Outro momento em que a segurança precisou intervir foi quando o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima deixou a Catedral de Brasília após receber a tocha da jogadora de vôlei Paula Pequeno. Algumas pessoas que estavam na rua tentaram se aproximar do ex-corredor e acabaram contidas.
Durante entrevista em Lausanne (SUI) na segunda-feira, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, havia dito que esperava que os protestos não atrapalhassem o revezamento e que as pessoas respeitassem a mensagem transmitida pela chama.
Nesta terça-feira, a tocha ainda passará por diversos pontos de Brasília e será carregada por diversas personalidades, como o ex-corredor Joaquim Cruz, campeão olímpico em 1984, em Los Angeles.
O revezamento que teve início nesta terça terminará apenas no dia 5 de agosto, no Estádio do Maracanã. O fogo olímpico passará por 327 municípios brasileiros.
