Willian ganha força para se juntar a Neymar em luta pelo ouro olímpico
Montar a lista de 18 convocados para a Olimpíada do Rio de Janeiro-2016 é como um quebra-cabeça para Rogério Micale, Dunga e Gilmar Rinaldi. Nesse sentido, o nome de Willian ganha força para se juntar a Neymar, com presença encaminhada, como um dos três atletas com mais de 23 anos permitidos por seleção nos Jogos.
Tudo porque o goleiro Ederson, 22 anos, viu seu status crescer nas últimas semanas. Titular do Benfica na ausência de Júlio César, lesionado, ele teve exibições convincentes e chamou a atenção da comissão técnica pela maturidade em jogos decisivos pela equipe portuguesa. Antes, era certo que um goleiro experiente seria chamado para integrar a seleção olímpica nos Jogos. A ascensão do jovem Ederson mudou este cenário.
Na quinta-feira (24), o Brasil perdeu por 1 a 0 no Estádio Kleber Andrade, mas Ederson novamente impressionou. Fez boas defesas, mostrou rapidez para jogar na sobra dos zagueiros e ainda acertou dois lançamentos dignos de meio-campista em reposições rápidas.
"Acredito muito nesse jogador. É tranquilo, sabe jogar com o pé, sabe jogar adiantado e tem um domínio sobre todo nosso conteúdo (de jogo). Ele tem mostrado isso no seu clube toda vez que solicitado e, na seleção, tem jogado com tranquilidade", comentou Micale.
ALISSON FORA COLOCARIA WILLIAN DENTRO
A ascensão de Ederson poderia fazer a comissão técnica prescindir do nome de um goleiro experiente na lista para a Olimpíada. Alisson, titular do Internacional, da equipe principal e a caminho da Roma, é naturalmente o nome favorito. Mas há algo curioso: ele tem só 23 anos. Ou seja, não oferece tanta experiência a mais que o colega do Benfica.
Em contrapartida, Willian deu salto considerável nos últimos meses. Ele esteve em todas as convocações de Dunga e realiza, pelo Chelsea, a melhor temporada da carreira. A convocação dele, que já é pensada pela CBF há semanas, também permitiria o acréscimo de um jogador capaz de dividir responsabilidades com Neymar na frente. E, em uma eventual baixa dele como na Copa de 2014 e na Copa América 2015, capaz de assumir protagonismo.