Fabricante do Meldonium diz que demanda aumentou após doping de Sharapova
O doping de Maria Sharapova está deixando a empresa farmacêutica letã Grindeks feliz. A companhia é responsável pela fabricação do medicamento Meldonium, substância proibida utilizada pela tenista russa.
“Essa publicidade é apenas benéfica à companhia”, afirmou Ilze Gailite, porta-voz da Grindeks, ao “Bloomberg”. “A demanda para produção (do Meldonium) aumentou tanto para nós quanto para as farmácias”.
Gailite disse, no entanto, que ainda é muito cedo para saber em quanto será o aumento do volume de vendas.
Maria Sharapova anunciou no início desta semana, em coletiva, que havia sido flagrada com a Meldonium em seu corpo. Desde então, vários atletas, principalmente da Rússia, tiveram doping anunciado, como caso de Aleksandr Markin, atleta de vôlei que poderá custar a vaga do país na Rio-16.
O Meldonium é uma substância que ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo e está presente no medicamento Mildronat. Até o fim de 2015, ela não era considerada uma substância dopante.
Por meio de comunicado oficial em seu site, a ITF anunciou uma suspensão preventiva que passará a valer a partir do dia 12 deste mês até que o julgamento seja realizado.
A amostra foi coletada em 26 de janeiro, no dia em que a russa foi eliminada pela americana Serena Williams nas quartas de final do Grand Slam australiano. Por causa de uma lesão no braço esquerdo, ela já havia anunciado que não participaria do WTA de Indian Wells, que tem início nesta quinta-feira.
Segundo a Sky Sports, a primeira audiência do caso de doping será realizada no dia 23 de março, na sede da Federação Internacional de Tênis, em Londres (ING).