Sharapova deverá ter prejuízo milionário com doping
O doping de Maria Sharapova, anunciado na segunda-feira, deverá acarretar em uma grave perda financeira para a russa que já foi número 1 do ranking mundial - ocupa atualmente a sétima colocação - e é a esportista mulher mais bem paga do planeta. Só em patrocínios, é estimado que ela receba anualmente US$ 23 milhões (R$ 86,94 milhões). Isso sem contar garantias de organizadores para participar de torneios e a premiação de cada campeonato.
Empresas já suspenderam contratos
Após o escândalo estourar, a Nike já anunciou a suspensão do contrato de patrocínio, que tem duração de oito anos. A fabricante de relógios Tag Heuer informou que não renovará o acordo, que acabou em 31 de dezembro de 2015, e a Porsche suspendeu todas as aparições da tenista em seus eventos até que toda a situação seja esclarecida.
A fabricante de água Evian afirmou que vai manter o vínculo com a jogadora, mas seguirá o caso de perto. "Ficamos surpresos com o anúncio feito por Maria Sharapova no dia 7 de março. Evian tem sido parceira de Maria Sharapova e até agora mantivemos uma ótima relação profissional. Evian tem como valores a saúde, integridade e transparência e seguiremos de perto o andamento da investigação".
A empresa de cosméticos Avon, a fabricante de raquetes Head e a joalheria Tiffany ainda não se manifestaram
Segundo a Forbes e o site Business Insider, a Nike paga anualmente US$ 12,5 milhões (R$ 47,25 milhões), o que já comprometeria metade de suas receitas oriundas de patrocinadores.
Sem jogar, não tem como receber premiação
Como premiação em torneios, Sharapova faturou no ano passado US$ 3,3 milhões (R$12,48 milhões). Em 2016, ela só participou do Aberto da Austrália, no qual embolsou US$ 281,6 mil (R$ 1,064 milhão). Entretanto o dinheiro que recebeu no primeiro Grand Slam do ano poderá ser cassado por causa do doping. Além disso, Sharapova estará suspensa preventivamente a partir de sábado, o que a impedirá de disputar torneios e ganhar mais dinheiro.
O que diz um especialista
"Suas premiações como atleta são insignificantes comparadas ao que ela ganha fora da quadra em patrocínios. Ela tem sido a mulher mais bem paga no esporte mundial em 11 anos. Estamos falando de perdas potenciais", afirmou ao jornal The Telegraph o britânico especialista em marketing Nigel Currie.
"Se ela for suspensa por quatro anos (pena prevista em casos como este), estamos falando de uma perda de US$ 141 milhões (R$ 532 milhões)", completou.