A Fina (Federação Internacional de Natação) aumentará o número de testes antidoping realizados nos atletas que disputarão os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito por Travis Tygart, presidente da Usada (Agência Antidoping dos Estados Unidos).

“A Fina merece muito crédito por abraçar a voz dos atletas limpos”, afirmou. “A parceria com organizações nacionais independentes antidoping para implementar uma estratégia global pré-Rio ajudará a proteger o direito dos atletas e a integridade do esporte natação”.

É esperado que os atletas ranqueados entre os 10 melhores do mundo em cada um dos 34 eventos da Fina que acontecerão nos Jogos Olímpicos sejam testados mais de sete vezes até agosto, mês previsto para a realização da Rio-2016.

De acordo com a “BBC”, o acordo foi aceito depois de uma reunião entre representantes da Fina e Travis Tygart em janeiro. Falta ainda, no entanto, o acerto formal entre todas as partes.

Brasil e outros países preocupam

Em declarações à “BBC”, alguns chefes de delegações teriam expressado preocupação pelo fato de agências antidoping de Brasil, China e Rússia não estarem envolvidas com a Usada para a realização dos testes. Diversas nações, como o Reino Unido, por exemplo, se juntaram com a agência norte-americana para o controle de substâncias ilegais.

A maior preocupação é em torno da Rússia, que convive com um escândalo de doping envolvendo sua federação de atletismo. Além disso, cinco nadadores russos foram flagrados no antidoping no final de 2013 e mais três desde então.

No último mês, em entrevista à revista “Sportcal”, o diretor-executivo da Fina, Cornel Marculescu, afirmou que a natação russa está sob os olhares da entidade. “Estamos seguindo de muito perto a natação na Rússia. Eles ainda têm dois ou três casos, então vamos continuar com uma atenção especial nessa federação”.