EUA temem o zika na Rio-2016. E liberam atletas a não vir, diz agência
O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc, na sigla em inglês) comunicou às federações do país que seus atletas não serão obrigados a competir no Brasil caso tenham temor de contrair o vírus zika. A informação foi divulgada nesta segunda-feira com exclusividade pela agência Reuters.
De acordo com a reportagem, a mensagem foi passada pelo Usoc durante uma teleconferência com representantes de todas as entidades. Duas pessoas confirmaram a informação a Reuters.
"As federações foram informadas que ninguém deve ir ao Brasil se não se sentir confortável", afirmou Donald Anthony, presidente da federação de esgrima, a USA Fencing.
"Uma das coisas que foi dita de maneira imediata foi que mulheres que estão grávidas ou que pensam em engravidar, não devem ir ao Rio, ainda que tenham isso previsto. Também foi dito que ninguém que se sentir ameaçado e achar que isso pode impactar sua vida deverá ir", completou Anthony.
Procurado pela Reuters, Alan Ashley, chefe de performance esportiva do Usoc, não respondeu às ligações. Foi ele o responsável por passar todas as informações sobre o zika no briefing com os presidentes de federações.
O porta-voz do Comitê Americano, Mark Jones, informou que Ashley conversou com os presidentes das federações e "que os atletas americanos e oficiais filiados ao Usoc seguirão recebendo todas as informações e recomendações feitas pelo CDC (Centro para Prevenção de Doenças do Governo Americano).
Até o momento, o Usoc não emitiu nenhum tipo de recomendação especial para os atletas que competirão no Brasil. A entidade tem seguido as recomendações feitas pelo CDC e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ao site Inside the Games, Peter Sandusky, assessor de imprensa do Usoc negou que haja recomendação contrária à vinda de atletas ao Brasil e afirmou que a entidade está tomando medidas para a que a delegação americana esteja protegida.