Magnano lamenta situação dos brasileiros na NBA. 'Preocupa que não joguem'
Fábio AleixoDo UOL, no Rio de Janeiro
A pouco menos de oito meses do início dos Jogos Olímpicos, o técnico da seleção brasileira masculina de basquete está preocupado. Rubén Magnano não consegue esconder o incômodo com o pouco tempo de quadra que vem tendo os seus principais atletas da NBA, como o UOL Esporte mostrou recentemente.
Atualmente, dos seis atletas que são chamados frequentemente para a seleção (Anderson Varejão, Leandrinho, Marcelinho Huertas, Tiago Splitter, Nenê e Raulzinho), quem mais tem permanecido tempo em quadra é Nenê, com 17,4 minutos em quadra em 48 possíveis.
"Tranquilo não estou. Sempre preocupa que os nossos atletas não joguem. Já tive muitas experiências deste tipo e não é de uma hora para outra que você consegue trocar o chip. Espero que se consiga reverter esta situação ao longo da temporada e eles ganhem minutagem. Mas infelizmente não está em nossas mãos. Dependemos das franquias", afirmou Magnano ao UOL Esporte durante a cerimônia de entrega do Prêmio Brasil Olímpico.
"Estamos montando nossa programação de preparação com uma quantidade boas de jogos para controlar esta situação de poucos minutos que os atletas vêm tendo até o momento", disse o treinador.
"Também tenho a preocupação que todos cheguem saudáveis ao fim da temporada, que não sofram com lesões", completou.
Magnano, que viajará aos Estados Unidos até o fim do primeiro trimestre de 2016, fez questão de elogiar o armador Raulzinho. O jovem de 23 anos está em sua primeira temporada na NBA e já é titular do Utah Jazz. Tem atuado em média, 17,3 minutos por jogo.
"Estou surpreso pela forma que tem jogado, muito tranquilo, tomando boas decisões e com uma boa minutagem. E também estou um pouco mais contente que agora está voltando à quadra Marcelo Huertas, jogando ali seus 18 minutos. Isso é importante", disse o treinador se referindo ao armador titular da seleção nos últimos torneios.
Magnano também disse ao UOL que a seleção iniciará a preparação para a Olimpíada entre os dias 15 e 20 de junho e que deverá convocar 16 atletas para depois definir os 12 que jogarão no Rio. O treinador não falou sobre os adversários nos amistosos, mas adiantou que não pretende sair do país durante a fase de treinos.
"Não posso afirmar agora com 100% de certeza que não vamos fazer viagens, mas a ideia é não fazer. Se fizermos, será a algum país vizinho, muito próximo. Queremos evitar muita movimentação e desgaste. Temos de aproveitar o máximo o fato de jogarmos em casa", concluiu.