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Brasil para na defesa da Romênia e cai nas oitavas do Mundial de handebol

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Kolding (Dinamarca)

Depois de toda a emoção da primeira fase, o Brasil não suportou o primeiro mata-mata do Mundial de handebol na Dinamarca. Diante de uma Romênia inspirada na defesa, as atuais campeãs mundiais não renderam bem, pararam na goleira Ungureanu e perderam de 25 a 22, sendo eliminadas nas oitavas da competição.

O revés é até certo ponto inesperado. Embora tenha uma jogadora que já foi melhor do mundo (Cristina Neagu, em 2010), a Romênia era a adversária mais fraca entre as possíveis rivais do Brasil nas oitavas. O problema é que a seleção do Leste Europeu se preparou bem para o confronto, marcou as brasileiras e conseguiu superar a diferença técnica entre elas.

“Nós não fizemos um bom primeiro tempo e pagamos um preço bem alto por isso. Não digo nem a diferença de 5 gols, já remontamos outros jogos, mas nesse nível, valendo continuar na competição custa caro e não apresentamos um bom primeiro tempo. Elas tinham dois pontos fortes e no primeiro tempo a goleira fez a diferença, erramos sete metros, bola cara a cara e não podemos errar. Sem mais. Temos que continuar trabalhando. Em 2013 a Noruega foi eliminada e era campeã e isso é aprendizado. Uma vez terminado isso, é focar no que temos grande ano que vem”, disse Dara ao SporTV após a partida.

Duda estava muito abalada após a derrota. “Nosso sonho acabou. Não tem explicação. Era para ganhar esse jogo, matar elas, infelizmente ao aconteceu. Não encontramos no primeiro tempo, não marcamos, é uma lição, aprendizado é triste, porque é nosso sonho. A gente pode aceitar uma jogando bem, o problema é que todas jogaram bem. Tínhamos que fechar todas, mas não fizemos. Gostaria de agradecer todo mundo e prometemos melhorar”, comentou Duda, muito abalada.

Até o fim do primeiro tempo, o jogo foi bastante disputado, apesar da Romênia ter se mantido sempre à frente no placar. Pouco antes do intervalo, no entanto, um momento de desatenção da equipe verde-amarela permitiu que as rivais abrissem uma vantagem de cinco gols. Com esse peso nas costas, o Brasil tentou a reação ao longo de todo o segundo tempo, mas não conseguiu recuperar-se outra vez e acabou derrotada.

Duda e Ana Paula, especialmente, sofreram muito com a defesa das romenas, que por vezes até passaram do limite da violência. Contou a favor delas também a presença da barulhenta torcida. Com muitas bandeiras e instrumentos musicais, os romenos fizeram muita festa e empurraram sua seleção do começo ao fim.

A derrota frustra os planos da seleção depois de uma primeira fase animadora. Ainda que não tenham sido brilhantes sempre, as atuais campeãs mundiais mostraram força em jogos contra equipes de peso como Alemanha, Coreia do Sul e França, os dois últimos com recuperações nos segundos finais.

Agora, resta ao Brasil se preparar para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Em casa, as meninas seguem sendo umas das maiores apostas de medalha do país.
 

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