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Polo aquático da Rio-2016 muda pela terceira vez. Maria Lenk receberá jogos

Júlio César Guimarães/UOL
Parque Aquático Maria Lenk foi inaugurado para os Jogos Pan-Americanos de 2007 imagem: Júlio César Guimarães/UOL

Fábio Aleixo, Guilherme Costa e Vinicius Konchinski

Do UOL, em São Paulo e no Rio de Janeiro

Depois de muitas indefinições e discussões, a Federação Internacional de Natação (Fina) e o Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 chegaram a um acordo, e a fase inicial dos torneios de polo aquático (feminino e masculino) será disputada no Parque Aquático Maria Lenk. É a terceira mudança de local da modalidade, que já havia sido agendada para o Júlio Delamare, para o Maria Lenk e para o Parque Olímpico de Deodoro, na piscina do pentatlo moderno.

Em contato com o UOL Esporte, Ricardo de Moura, superintendente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), afirmou que a entidade já estava a par da mudança desde o início da semana. Na tarde desta quarta-feira, o Comitê Rio-2016 confirmou a alteração.

A reportagem apurou ainda que a Fina não ficou satisfeita com as instalações de Deodoro. Os principais problemas eram a falta de uma piscina de aquecimento e o tamanho dos vestiários, que seriam os mesmos utilizados pelos atletas do pentatlo moderno, um esporte individual.

A prefeitura do Rio de Janeiro não se mostrou disposta a custear novas obras para atender às exigências da Fina, e a solução seria improvisar. Houve discussões em torno até de divisão da piscina olímpica do pentatlo moderno entre áreas de aquecimento e competição para o polo.

As mudanças são apenas sobre os jogos da fase inicial do polo, que coincide com a programação da natação na Rio-2016. A etapa decisiva do torneio será jogada no novo Centro Olímpico de Esportes Aquáticos, que está em fase final de construção.

A relação entre a Fina e o Comitê Rio-2016 está desgastada desde que a entidade internacional enviou uma carta ao prefeito Eduardo Paes em setembro reclamando da maneira como os esportes aquáticos estavam sendo tratados. Havia críticas quanto ao tamanho da arena que receberá as competições de natação, a falta de cobertura do Maria Lenk para provas de saltos ornamentais e a qualidade da água para provas de maratona aquática.

Outras federações internacionais também criticaram a organização dos Jogos, mas a carta marcou uma tomada de posição da Fina. A partir disso, houve uma interrupção no diálogo com o comitê organizador da Rio-2016.

Novela marca definição do polo

A mudança a menos de nove meses para o início da Olimpíada não é a primeira no que diz respeito polo aquático. No plano original do Comitê Organizador, apresentado quando o Rio foi eleito sede dos Jogos em 2009, as partidas de polo ocorreriam no Júlio Delamare, parque aquático que fica no complexo do Maracanã. Contudo, o aparato foi fechado em 2013 e teve de ser parcialmente destruído por causa das obras do estádio para a Copa do Mundo do ano passado. Não existe qualquer previsão sobre a reforma do equipamento, que custaria pelo menos R$ 70 milhões, e em maio de 2015 ele foi alijado da lista de instalações olímpicas.

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