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COI e Agência Mundial ignoram doping no UFC e liberam Anderson no Rio-2016

Guilherme Costa

Bruno Doro

Do UOL, em São Paulo

O doping de Anderson Silva no UFC não impede que ele participe das Olimpíadas do Rio de Janeiro. É claro, ele conseguir a classificação para a disputa no taekwondo. Em contato do UOL Esporte, tanto a Agência Mundial Antidoping (Wada) quanto o Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmaram que não tem jurisdição sobre o caso. Segundo ambos, o caso está fora da jurisdição olímpica.

O lutador de MMA foi flagrado em exames aplicados pela Comissão Atlética de Nevada, que regulamenta o UFC. E nenhuma das duas instituições é signatária do Código Mundial Antidoping, que controla a elegibilidade olímpica. “Neste caso, a Agência Mundial Antidoping não proíbe o atleta de competir no Rio no taekwondo, porque o referido teste não foi conduzido por uma signatário do nosso código. A Agência Mundial Antidoping reconhece as sanções aplicadas apenas pelos signatários do código”, informou a Wada, por email, para a reportagem. “A Wada não tem jurisdição sobre organizações que não são signatárias do código da Wada”, reiterou.

Questionado sobre a elegibilidade de Anderson Silva e se aprovava que atletas flagrados em doping fora de seu controle disputassem os jogos, o COI foi ainda mais sucinto: "As perguntas devem ser dirigidas à Federação Mundial de Taekwondo, que é o órgão responsável pelo assunto". O UOL Esporte tentou contato com a WTF (World Taekwondo Federation), mas não obteve resposta.

Anderson Silva foi pego em dois testes antidoping relativos ao UFC 183, com ansiolíticos e anabolizantes em seu organismo. O lutador foi suspenso preventivamente e deve ter sua luta alterada para No Contest (sem resultado), anulando o que era uma vitória por pontos sobre Nick Diaz. O ex-campeão dos médios aguarda julgamento em maio para definir o caso e, possivelmente, pegar um gancho estimado em 9 meses a 1 ano e meio de afastamento.

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