Jornal exibe peixes mortos no RJ e diz que poluição é ameaça para Olimpíada
O jornal norte-americano "The Washington Post" publicou na última sexta-feira uma reportagem a respeito da mortandade de peixes na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, local que receberá as competições de remo e canoagem dos Jogos Olímpicos de 2016. Desde a última semana, conforme descreve o jornal a seus leitores, "mais de 27 toneladas de peixes mortos foram retirados do local".
O diário da capital dos Estados Unidos destaca que as autoridades brasileiras responsáveis pela organização da Olimpíadas, porém, estão confiantes de que a Lagoa estará limpa e em condições de uso humano daqui a um ano.
O periódico destaca uma frase dita pelo presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Nuzman, em entrevista coletiva na última quinta-feira: "Obras e trabalhos estão sendo realizados na Lagoa Rodrigo de Freitas. Os trabalhos estão em andamento e serão entregues a tempo para que a Lagoa possa receber as competições previstas sem problema algum."
Em que pese o otimismo de Nuzman, a reportagem pondera que "questões graves relacionadas à poluição das águas no Rio ameaçam os Jogos Olímpicos". O "Washington Post" destaca uma fala do prefeito do Rio de Janeiro, de que "as Olimpíadas foram uma oportunidade perdida para despoluir lagos, rios e praias da cidade".
Mais à frente na reportagem, o diário norte-americano afirma que a morte dos peixes que vem ocorrendo na Lagoa Rodrigo de Freitas não é novidade na capital fluminense.:
"Mortes em massa de peixes são comum no Rio de Janeiro, onde rios e lagos são arruinados por esgoto não tratado e lixo. Parte do esgoto da cidade do Rio é despejada sem tratamento nas águas que circundam a cidade. Em fevereiro deste ano, outra espécie de peixes morreu em massa nas águas poluídas da Baía de Guanabara, onde está previsto que serão realizadas as competições de vela das Olimpíadas".
