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Governador admite não limpar Baía da Guanabara para Rio-2016 e mira futuro

Genilson Araújo/Parceiro/Agência O Globo
Baía de Guanabara: meta de despoluição não está mais garantida pelo governo imagem: Genilson Araújo/Parceiro/Agência O Globo

Rodrigo Mattos e Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, admitiu nesta quinta-feira (12) que a meta olímpica de limpeza da Baía de Guanabara não deve ser cumprida. Pezão disse que avançará o máximo que puder com a despoluição, mas afirmou que o mais importante é iniciar os projetos para que, no futuro, a baía esteja limpa.

"Não sei qual o percentual [de tratamento do esgoto despejado na baia] nós vamos atingir. Eu não estou pensando só nas Olimpíadas", afirmou Pezão. “Vamos tentar avançar ao máximo até a Olimpíada de 2016.”

Na candidatura do Rio de Janeiro à sede da Olimpíada de 2016, o governo do Rio de Janeiro havia prometido tratar 80% do esgoto que é despejado na Baía de Guanabara. Faltando pouco mais de um ano e meio para o início dos Jogos, menos de 50% desse esgoto estão sendo tratados.

Na terça-feira, um estudo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) apontou que já é impossível o cumprimento da meta olímpica de limpeza da baía. Segundo pesquisadores da universidade, a baía deve ser despoluída só em 2026.

Pezão não comentou o estudo da UFRJ. Só afirmou que o fato de o governo ter de fato iniciado um programa de despoluição já é um legado olímpico.  "Eu quero tratar todo o esgoto da Região Metropolitana do Rio em dez anos”, afirmou. "Claro que eu gostaria que tudo estivesse pronto para a Olimpíada, mas eu tenho que pensar no futuro."

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