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Marta e cia. tentam ouro inédito contra os Estados Unidos, em Pequim

Marta e cia. tentam ouro inédito contra os Estados Unidos, em Pequim

Ronaldinho fracassa, mas vê caminho longo na seleção

19/08/2008 - 18h01

Revés masculino transfere esperança por ouro inédito para mulheres

Bruno Freitas
Em Pequim (China)

Sobrará para as mulheres da seleção feminina do Brasil a seqüência do sonho de conquista do primeiro ouro do futebol do país na história das Olimpíadas. A derrota do time de Ronaldinho Gaúcho e companhia na semifinal contra a Argentina nesta terça-feira adiou a antiga busca masculina para os Jogos de Londres, em 2012.

Assim, a seleção de Marta e Cristiane poderá conseguir para o Brasil um feito que a equipe masculina jamais conseguiu em 11 participações olímpicas, contando já com o desempenho na China. As meninas da seleção enfrentam os Estados Unidos na final do torneio feminino de Pequim na próxima quinta-feira, às 10h (horário de Brasília).

Será a segunda chance de ouro para a seleção feminina, que caiu justamente diante das norte-americanas na decisão dos Jogos de Atenas, há quatro anos.

"Tomara que a gente escreva essa história de uma forma diferente dessa vez, e saia daqui com a medalha amarelinha no peito", declarou a estrela Marta, melhor jogadora do mundo no prêmio da Fifa nos anos de 2006 e 2007.

Ao contrário da disputa masculina, centenária na história das Olimpíadas (a primeira vez que o futebol constou no programa foi nos Jogos de Londres-1908), a competição entre mulheres teve início em Atlanta-1996.

De lá para cá, a seleção brasileira conseguiu participações honrosas, com desempenho progressivo. Nas duas primeiras edições, as mulheres do país conseguiram já ir à semifinal, mas acabaram derrotadas em ambas as oportunidades na disputa pelo bronze: em Atlanta-1996 pela Noruega e em Sydney-2000 pela Alemanha.

Depois de dois quarto lugares, a seleção feminina do Brasil ascendeu de patamar no cenário da modalidade, de uma equipe de pretensões intermediárias para um time realmente de ponta.

A transição foi pontuada principalmente pela conquista da medalha de prata nos Jogos de Atenas, há quatro anos, em uma decisão dramática com os EUA, além do vice-campeonato mundial de 2007, com derrota na final para a Alemanha.

No entanto, duas vitórias recentes são simbólicas na afirmação internacional da seleção feminina brasileira. A primeira delas na semifinal da Copa do ano passado sobre as norte-americanas, por 4 a 0. A segunda já nestes Jogos de Pequim, na goleada sobre as alemãs por 4 a 1, na semifinal.

"A gente quer muito essa medalha, é o nosso objetivo. Então temos que jogar contra elas (norte-americanas) exatamente como jogamos no Mundial", comentou a meio-campo Daniela Alves nesta terça-feira.

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