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Húngara leva ouro em 2004

A primeira aparição do esporte foi ainda na Antiguidade, por volta do ano 708 a.C., sob a influência dos soldados da cidade grega de Esparta - que o praticavam como forma de treinamento. Considerado a parte mais importante das Olimpíadas da era antiga, o pentatlo tinha quatro provas eliminatórias: corrida, salto em distância, arremesso do disco e salto em altura. Ao final, apenas dois competidores decidiam o título numa prova de luta. O vencedor era aclamado no território grego e cultuado como um semideus.

Porém, existe a lenda do jovem oficial francês da cavalaria do exército de Napoleão Bonaparte, que foi encarregado de entregar uma mensagem. Para cumprir seu objetivo, partiu a cavalo. Percorreu terrenos acidentados e atravessou linhas inimigas até seu animal ser morto numa batalha. Enfrentou seus adversários com uma arma de fogo e uma espada. Para completar a missão, atravessou um rio de forte correnteza e correu até entregar a mensagem ao destino.

Imaginando uma competição que conseguisse premiar o atleta mais completo, como se fazia no pentatlo dos Jogos Antigos - disputados há 2700 anos -, o barão Pierre de Coubertain decidiu incluir uma modalidade parecida nos Jogos da Era Moderna.

Aprovado no Congresso do Comitê Olímpico Internacional, realizado em Budapeste, Hungria, um ano antes, o pentatlo estreou nas Olimpíadas de Estocolmo-1912, com a disputa das seguintes modalidades: tiro, esgrima, natação, hipismo e corrida.

Durante várias décadas, o esporte também foi utilizado como parte dos exames finais em numerosas academias militares da Europa. O pentatlo foi administrado diretamente pelo Comitê Olímpico Internacional até 1948, ano em que foi criada a União Internacional do Pentatlo Moderno (UIPM), fundada pelo sueco Gustaf Dyrssen, campeão olímpico da modalidade em 1920.

Em seu início, a Suécia reinou soberana na modalidade. Das oito primeiras edições, sete foram vencidas por representantes do país, com direito a um pódio totalmente formado por suecos em Estocolmo-1912, Antuérpia-1920 e Paris-1924. O único "forasteiro" a ser ouro olímpico no período foi o alemão Gotthard Handrick, em Berlim-1936.

Porém, a partir de Roma-1960, o cenário mudou, os suecos só triunfaram em 1968 (com Bjorn Ferm) com húngaros e russos dominando o cenário. A Hungria faturou quatro ouros e cinco pratas, enquanto os russos foram os campeões das últimas duas edições no masculino.

As mulheres fizeram parte do programa olímpico em Amsterdã-1928, mas só voltaram a ter uma competição em Sydney-2000. Hungria, Suécia e Grã-Bretanha têm uma medalha de ouro cada.