Chegar à final olímpica estava nos planos da seleção brasileira feminina de vôlei. Mas atingir o objetivo sem perder sets foi uma surpresa. Assim, as jogadoras e o técnico José Roberto Guimarães elencam uma série fatores que levaram o país a vencer sete jogos seguidos por 3 sets a 0.
"Isso é muito complexo. São muitos detalhes, principalmente nas Olimpíadas. Posso falar de respeito, dedicação. Hoje o momento que o time está, a forma como se sente, não dá para explicar. Está muito bom", disse a ponteira Paula Pequeno.
Para a meio-de-rede Walewska, a explicação está na união do grupo. "Eu acho que é o conjunto. Temos um conjunto muito forte, um time com 12 jogadoras que podem entrar em qualquer momento, além daquelas jogadoras que não puderam vir para cá", disse.
Até o momento, ninguém conseguiu ameaçar o domínio do Brasil em Pequim. Depois de vencer Argélia, Rússia, Sérvia, Cazaquistão, Itália e Japão, a equipe derrotou a China por 3 a 0 nas semifinais.
"A gente sabe que jogou com grandes equipes. A maneira que o Brasil entrou em quadra assustou os adversários. Isso intimida um pouco. A Itália sentiu isso, a China também. É uma prova de que o time está em um momento bom. Temos que aproveitar", disse a levantadora e capitã Fofão,
Para o técnico José Roberto Guimarães, mais importante que as vitórias é a maneira como a equipe está jogando nas Olimpíadas.
"Eu me sinto gratificado delas estarem jogando bem. O time não está ganhando simplesmente por estar ganhando. Elas estão fazendo por merecer", disse o treinador, que elogiou a aplicação tática das meninas. "As pessoas tentam fazer o que a gente pede no banco", disse.
O último desafio do time brasileiro será no sábado, às 9h (de Brasília), na final contra os Estados Unidos. De qualquer forma, o Brasil já realiza a sua melhor campanha nos Jogos Olímpicos. A equipe conta com duas medalhas de bronze, conquistadas em Atlanta-1996 e Sydney-2000.